sexta-feira, setembro 30, 2005

Estive com Anjos...

Já alguma vez vos aconteceu passarem um dia a prepararem-se para algo que não sabiam que ia acontecer? Foi essa a sensação que tive ontem à noite quando me encontrei com os meus amigos do Grupo de Jovens, os 3Nós! Tínhamos combinado estar juntos, na companhia do Bernardo, para celebrarmos a nossa primeira eucaristia presidida por ele. Uma celebração simples, só connosco. Uma continuação de todos os momentos de oração que já fizemos juntos, desde quando éramos apenas uns jovens adolescentes.
Quando cheguei ao seminário sentia-me inteiramente receptivo para a partilha que decerto íamos fazer. Tocava-me o gesto do Bernardo de quer que estivéssemos mais uma vez todos juntos daquela forma, tocava-me a nossa vontade conjunta de vivermos esse momento e tocava-me o assunto sobre o qual tinha pensado durante o dia. Esse assunto, surgiu na sequência do meu post de quarta-feira em que falei de Anjos e em como acredito neles e nos seus sentimentos, quando a Andreia, um anjinho que encontrei na minha vida, o comentou dizendo: “Claro que há anjos por aí....eu também já os vi!”. Esta exclamação fez-me sentir acompanhado no meu pensamento. Fez com que passasse o resto do dia a pensar nesses Anjos, quem eram e como eram os que tenho encontrado. E foi enquanto pensava, enquanto os tentava definir e identificar, que me lembrei também de uma canção linda que sempre adorei e que fala de um encontro com uma criança que pergunta o que é preciso para ser feliz. Uma música que responde a tantas das perguntas que ia fazendo para mim próprio porque penso que acaba também por falar de Anjos. Estive quase para colocar a letra da música neste nosso blog antes de sair de casa para ir ter com eles...
Depois de termos todos chegado, conversámos um pouco, preparámos tudo o que tínhamos de preparar e começámos finalmente a tão esperada celebração. Foi nessa altura que esbocei um sorriso enorme e espontâneo que surgiu profundo dentro de mim. O Bernardo começou a falar de Anjos também! Sobre o que significa a palavra e sobre quem é que são eles entre nós. Relembrou-nos que a palavra Anjo vem do grego e que significa Mensageiro. Acho que é que uma definição que se encaixa perfeitamente naquilo que sempre pensei que eles são. Mensageiros sempre de algo especial: de amor, de alegria, de fé, de carinho, de sorrisos. São aqueles que entre nós nos dão esperança, nos dão força para continuar, nos iluminam os dias e nos fazem sorrir… sorrir profundamente. Não precisam de voar muito alto nem de ter um lugar escondido nas nuvens para descansar. Basta terem um brilho no olhar e um sorriso que transparece a alma. O nosso desafio é reconhecermos e sentirmos esses Anjos e aprender com eles, para que também nós possamos ser mensageiros de paz, de força de vontade e de dinamismo. O desafio é deixarmos acontecer Anjos em nós…
Seguiram-se depois muitos novos momentos trocados e saboreados; foram ditas muitas frases bonitas e inspiradas que queria conseguir decorar para sempre, mas que a memória acaba por perder, e foram cantadas muitas músicas, de novo ao som de uma viola que já não se ouvia entre nós faz algum tempo. Arrepiámo-nos no momento em que demos a comunhão uns aos outros e quando bebemos do cálice. E quando pensava que já tinha esboçado sorrisos mais do que suficientes para poder considerar o dia completamente ganho, no final da celebração, reparei ainda que a música que a Mercedes tinha escolhido para o final era precisamente a música que tinha recordado durante a tarde e que agora sim, não posso deixar de colocar neste blog:
Um dia uma criança me parou
Olhou-me nos meus olhos a sorrir
Caneta e papel na sua mão
Tarefa escolar para cumprir
E perguntou no meio de um sorriso
O que é preciso para ser feliz

Amar como Jesus amou,
Sonhar como Jesus sonhou,
Pensar como Jesus pensou,
Viver como Jesus viveu.
Sentir o que Jesus sentia,
Sorrir como Jesus sorria,
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que dormiria
Muito mais feliz.

Ouvindo o que eu falei ela me olhou
E disse que era lindo o que eu falei
Pediu que repetisse por favor
Que não dissesse tudo de uma vez
E perguntou no meio de um sorriso
O que é preciso para ser feliz

Amar como Jesus amou,
Sonhar como Jesus sonhou,
Pensar como Jesus pensou,
Viver como Jesus viveu.
Sentir o que Jesus sentia,
Sorrir como Jesus sorria,
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que dormiria
Muito mais feliz.

Depois que eu terminei de repetir
Seus olhos não saíam do papel
Toquei no seu rostinho a sorrir
Pedi que ao transmitir fosse fiel
E ela deu-me um beijo demorado e
Ao meu lado foi dizendo assim:

Amar como Jesus amou,
Sonhar como Jesus sonhou,
Pensar como Jesus pensou,
Viver como Jesus viveu.
Sentir o que Jesus sentia,
Sorrir como Jesus sorria,
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que dormiria
Muito mais feliz.
Acho que é esse o maior segredo para deixarmos que os Anjos tomem forma em nós e para que nos consigamos rodear deles. Tenho a certeza que nesta noite eu estive com Anjos! Catorze Anjos que vivem cá em baixo na terra. Treze estavam comigo e um outro, estava algures a encantar mais gente.
Adorei a noite, adorei todas as coincidências [ou não] que me fizeram sentir ainda mais receptivo a tudo o que entre nós se passou e confirmei que recordar não é ser lamechas. Recordar é permitir manter na memória, e manter aquilo que nos une e que nos faz felizes na memória, foi o que um grande Amigo nosso nos pediu…

[Ouvi dizer que “Ser Anjo Cansa”. Eu acredito que sim! Aliás, foi um anjinho que me disse. Mas como todos sabemos, não existem desafios que sejam fáceis de vencer * * *]

quarta-feira, setembro 28, 2005













Nos últimos dias tenho ouvido várias vezes uma música que se tem tornado muito especial. Uma música que fala de um anjo, de um sorriso trocado, de um encontro casual entre a confusão dos nossos dias e que os torna mais brilhantes. Fala da lembrança de um rosto que não sai da cabeça, de um momento ou momentos que são prolongados para sempre porque se ama, talvez como só os anjos sabem amar. Eu acredito que só os anjos conseguem ver anjos nos outros também e ama-los. Talvez numa forma de amar que só é possível quando se ama sem sentir ciúme, sem sentir a necessidade de ter a pessoa só para si, possessivamente. Uma forma de amar mais pura, mais absoluta, em que por vezes basta ver um sorriso, basta relembrar o rosto numa fotografia, basta sentir que esse alguém está bem e feliz, para se continuar a voar. Um amor muito maior que nos desenvolve os sentidos, faz sentir o cheiro do vento, ouvir o mais pequeno sussurro e perceber pequenos gestos indecifráveis. Um amor que mexe com algo que não sabemos explicar, que nos transforma e muda, e que parece tornar-se suficiente quando se olham as estrelas e se ouve o mar. Uma vontade enorme de abraçar e de tocar que pode ter de se manter contida e que nos faz questionar, mas também uma certeza que se mantêm mesmo com a distância e que torna a distância em algo sem importância para pensar. O sentir um contentamento, mesmo sabendo que esses momentos vividos podem nunca se vir a repetir, podem nunca mais voltar… Uma conformação talvez, mas que se torna suficiente, mantém-se leve e permite aceitar, num despojamento total de tudo o que é trivial, que o caminho continua a ser em direcção ao azul, como o azul do mar...

My life is brilliant.
My love is pure.
I saw an angel.
Of that I'm sure.
She smiled at me on the subway.
She was with another man.
But I won't lose no sleep on that,
'Cause I've got a plan.

You're beautiful. You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
I saw your face in a crowded place,
And I don't know what to do,
'Cause I'll never be with you.

Yeah, she caught my eye,
As we walked on by.
She could see from my face that I was,
Flying high,
And I don't think that I'll see her again,
But we shared a moment that will last till the end.

You're beautiful. You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
I saw your face in a crowded place,
And I don't know what to do,
'Cause I'll never be with you.
You're beautiful. You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
There must be an angel with a smile on her face,
When she thought up that I should be with you.
But it's time to face the truth,
I will never be with you.

James Blunt
"You're Beautiful"

Um amor em que se oferecem estrelas do céu; em que se torna possível estar em dois locais simultaneamente e em que se conseguem sentir milagres. Um amor que transmite paz… Também eu penso que já vi anjos, será?

[Joaninha, obrigado por me teres dado a conhecer esta música. Foste tu que me fizeste ouvi-la com atenção. Foste tu a primeira pessoa que me lembro ter ouvido cantar: “You're Beautiful”. Sei que também para ti a música é muito especial, que te toca e te faz o coração saltar. Gostava de um dia poder vê-la no teu blog com a tua interpretação. Com o lado bonito e feio que dizes que ela parece ter. Eu, para não variar, vejo melhor o bonito, mas é a única coisa que se podia esperar dum tonto maiuco que acredita em anjos. Para mim esta música podia fazer parte da banda sonora do filme "A Walk to Remember". Aquele filme espectacular =)]

terça-feira, setembro 27, 2005

Os pensamentos e os sentimentos expressos...

Caros amigos,

Escrevo-vos mais uma vez pois, apesar da escrita ser uma materialização do pensamento e dos sentimentos que os limita e consequentemente os inferioriza, é também a única forma que tenho de comunicar com alguns de vocês, de não deixar parado em mim o que sinto e de ir dando as boas novas dos dias que me têm sorrido.
O que é estranho e aparentemente um pouco contraditório é que, apesar da escrita ser a tal materialização redutora de que falei, permite também que os pensamentos e sentimentos expressos, embora inferiorizados, perdurem para além do tempo, podendo mesmo num futuro distante tornar-se mais fortes que as lembranças que ficam. É este o segundo motivo porque vos escrevo.
Porque as limitações dos dias de hoje são a força nos dias de amanhã!

[Hoje encontrei este texto entre escritos meus já antigos. Faz mais de um ano e meio que o escrevi. Continuo com a mesma sensação em relação à escrita. Continuo com a mesma opinião, apesar de achar que, aos poucos, me tenho conseguido expressar melhor quando escrevo. E quanto melhor me expresso, também mais fortes perduram os pensamentos e os sentimentos expressos, para além do tempo… Adorei rever alguns textos hoje. Como escrevi quando acabei de os ler: Às vezes relembro e vejo como me mudou e tocou profundamente... Hoje sou ainda mais feliz!]

domingo, setembro 25, 2005
















O fim-de-semana foi simplesmente fantástico!
Foi cheio de mais grandes momentos que guardo com carinho e que vão dando grandes frutos. =)
Num dos pontos mais altos, esteve o grandioso fogo de artifício a que fui assistir com alguns Nós, junto à torre de Belém. Desta vez, foi Portugal que nos mostrou toda a beleza de um espectáculo que se pode conseguir construir no céu com centenas de luzes, sons, efeitos e muito mais. Foi simplesmente fenomenal! Adorei! A coordenação do fogo com a música, as próprias músicas e a magia que conseguiram passar, colocou todos os fogos de artifício que já vi envergonhados a um canto.
Foi mais um ingrediente para passarmos a noite muito animados e brincalhões. Só conseguimos mesmo fazer cara triste na altura em que o fogo acabou. Queríamos mais e mais!
Claro que o facto da companhia ter sido a melhor possível pode tornar-me suspeito, mas Portugal ficou realmente de Parabéns. Fiquei muito orgulhoso! =)
Deixo algumas das fotos que tirei. Não permitem sentir a mesma magia, mas ao menos dão um cheirinho. Nem que seja para mais tarde recordar…

sexta-feira, setembro 23, 2005















Quando esta semana nos reunimos em grupo, o Tó propôs-nos algo bastante diferente. Deu-nos folhas e canetas para as mãos e pediu-nos que víssemos com atenção uma série espantosa de fotos de golfinhos e de cachalotes que a Susana nos enviou há dias, directamente dos Açores. O objectivo era tentar encontrar nos golfinhos, comportamentos, atitudes e formas de estar que pudéssemos tomar como exemplo para nós, nos nossos dias. As folhas eram para escrevermos e desenharmos o que nos apetecesse na altura.
Vi as fotos com um sorriso, desenhei uns rabiscos tontos que pendurei no meu quarto e escrevi, ou tentei escrever, tudo o que recordei e que senti:

“Ao ver estas imagens só me consigo relembrar de alguns momentos únicos e irrepetíveis que vivi… Relembro algo mágico; algo que na altura nos excita e que nos faz esboçar um sorriso constante, que nos faz sentir mais cheios, felizes e completos. Relembro aqueles momentos que vivi envolto num azul enorme, em tardes solarengas, rodeado destes animais espectaculares…
Quando menos esperamos, começamos a vê-los ao longe no horizonte. De início distinguimos somente pequenos pontos negros que surgem e desaparecem ininterruptamente, mas que já nos começam a fazer levantar na ânsia de os conseguir ver melhor, de sentir de perto a energia e beleza dos golfinhos. Quando enfim chegamos, deslumbramo-nos com os seus corpos que se espalham e espelham pela superfície do mar e é com o corpo aos pulos que só pensamos em entrar na água. Num contraste de sensações fazemo-lo calmamente, com o mínimo de barulho, para não os assustar. Num silêncio que seria impossível se deixássemos o nosso contentamento gritar. E é no momento em que colocamos as cabeças debaixo de água que tudo se volta a transformar de uma forma ainda mais fascinante, de uma forma ainda mais sublime. Um azul indescritível e profundo, enche-se dos seus sons que parecem surgir por todo o lado, como se estivéssemos a ouvir crianças a gritar, como se estivessem a cantar e a brincar. Os seus corpos vêem-se agora a deslizar rápido no mar e, enquanto nadam organizados, numa velocidade que só percebemos enorme quando passam mais perto de nós, fazem com que os peixes formem nuvens enormes e flexíveis à sua passagem. Todos juntos parecem entrar num baile a três dimensões, nadando em espiral e trazendo os cardumes até à superfície. Nessa altura, milhares de peixes que nadam em todas as direcções e desorganizados tentam proteger-se por baixo dos barcos e por baixo de nós... E é então que o nosso coração fica aos pulos quando deixamos de conseguir ver o fundo azul. Os peixes já assustados, deixam de ter medo de nós e passam a usar-nos para se protegerem, enquanto os golfinhos continuam de olho prontos a caçar e sempre a brincar, a sorrir, a aproximar-se e a afastar-se de nós, carinhosos, curiosos, enérgicos. Até que surge o momento em que deixamos de saber para onde olhar. Em cima de nós, enquanto os vemos, começam a voar cagarras que mergulham ao nosso lado também para caçar. Vemos o mar rasgado pelos seus bicos que embatem fortemente nos peixes desorientados. E ali permanecemos, completamente alucinados e embriagados em tanta beleza, em tanta agitação que ao mesmo tempo consegue trazer tanta tranquilidade e transparecer tanta delicadeza…
É no meio desta simplicidade que somos levados a contemplar todo este ciclo que é tão perfeito. Dou por mim a rever a forma como olhamos para o mundo, para a Natureza e de como a respeitamos. Nessas alturas, passamos a dar mais valor a todo aquele mundo mágico do fundo dos oceanos que nos fascina e que desconhecemos e que os golfinhos nos levam a querer conhecer mais e melhor. Um mundo azul profundo onde não conseguimos chegar; um mundo em que conseguem tornar a comunicação mais fácil; um mundo de convivência, de toque, de atenção, de amizade e de boa disposição. Um mundo que traz liberdade de pensamentos e movimentos…
E o que podemos aprender com eles? Acho que nos ensinam de uma forma tão simples a dar mais atenção uns aos outros; como interagir e viver em grupo e em comunidade para que seja mais fácil sobreviver e vencer; como é importante o toque como forma de expressar sentimentos; como é importante interagir e respeitar, sendo amigos e protegendo, mesmo quem é diferente… E tudo isto, sempre num espírito alegre e brincalhão…"
São os animais que mais sorriem, e com sorrisos tão profundos…
Os golfinhos são os sorrisos que vêm do azul profundo do mar e que saltam ao nascer-do-sol para os espalharem…

Obrigado meu Deus por esta Natureza tão perfeita e pelos golfinhos a quem ninguém que sente amor fica indiferente!

[E como a Mariana escreveu na minha folha: “Para os golfinhos não vai nada, nada, nada?? TUDO!”]

quinta-feira, setembro 22, 2005

Somos livres

Somos livres
perante o sol do dia
e livres perante as estrelas da noite.
E somos livres
quando não há sol,
nem lua, nem estrelas.
Somos ainda livres
quando fechamos os olhos
a tudo o quanto existe.
Mas somos escravos do que amamos,
porque o amamos.
E escravos do amor,
Porque amamos.
Nelson Coelho
Hoje resolvi deixar-vos este poema. Li-o pela primeira vez num momento já perdido entre os muitos que vivi na semana passada. Na altura, lembro-me de ter gostado muito da parte inicial. Gosto da sonoridade dos primeiros versos. Fazem lembrar que podemos correr soltos em descampados, que podemos gritar do cimo das montanhas, que podemos saltar em queda livre e sorrir. Fazem lembrar que a qualquer altura podemos saborear o vento fresco na cara, mas também que, na vida, somos nós que temos de tomar as nossas decisões, que somos responsáveis pelos nossos passos e pelas nossas palavras. Que quer nos momentos mais fáceis e solarengos, como nos mais difíceis e sombrios, somos nós que fazemos as nossas escolhas e que optamos pelo nosso caminho. Somos livres nos momentos bons e nos maus. Somos livres de olhar em frente, livres de rodopiar e de cantar, livres para ajudar e respeitar, ou mesmo livres para fechar os olhos e virar as costas ao mundo. Somos livres sob o azul do céu e livres sobre o azul do mar…
Estes versos fazem-me pensar sobre a melhor maneira de usar esta nossa liberdade; sobre a forma consciente, ou não, com que o fazemos. Se usamos ou não a nossa liberdade para dar mais liberdade a quem nos rodeia, para os deixar também sonhar e voar. Se a usamos ou não de forma a nos deixarmos continuar livres.
Mas, continuando a ler o poema, deparei-me com um termo que achei duro e desconfortável para ser utilizado para falar da melhor coisa do mundo: amar. Amar de qualquer das formas em que amar é possível. Embora consiga entender porque foi escrito, não acredito que tenhamos de ser escravos do que amamos, porque o amamos, nem escravos do amor, porque amamos. Não acredito. Não acredito, porque o conceito de “escravos” está a ser utilizado como contrário do de “liberdade”. Perdemos tantos sorrisos se deixarmos o amor nos escravizar... Acredito sim, no amor que nos deixa manter a liberdade. No amor que nos faz sentir ainda mais livres; no amor que nos deixa voar ainda mais alto, correr ainda mais rápido e cantar com ainda mais força. No amor que nos ajuda a fazer melhor as escolhas e as decisões que somos livres de tomar. É por esse amor que acho que devemos procurar e lutar…
Não?

[Acontece tantas vezes acabar por falar um pouco sobre tudo isto com alguns amigos… Acho que foi o que voltou a acontecer hoje com a Dianita quando fomos lanchar ao final do dia. Gostei muito do lanche: do gelado e principalmente da companhia. Diana, adorei as conversas, as partilhas e os teus sorrisos! És linda! GMT!]

quarta-feira, setembro 21, 2005


















Dia 20, foi um dia bestial!
No final da tarde, quando estava a chegar a hora de deixar o trabalho à espera do dia seguinte, recebi uma mensagem da Joaninha, do Tó e da Sónia, a dizerem que tinham dado à costa na praia; a que fica ao pé do meu laboratório. Não estava mesmo nada a contar com a surpresa! Peguei nas minhas coisas e saí a correr para ir ter com eles. E foi tão bom. É tão bom quando posso sair do trabalho, já cansado, e ficar logo ali, a sentir o toque da areia e o cheiro da maresia, com aqueles amigos com quem tenho sempre tema de conversa e vontade de brincar. Passeámos à beira-mar, corremos na areia, andámos sobre as rochas, comemos um gelado sentados na esplanada e percorremos o calçadão lado a lado como o mar, a contempla-lo. Adorei as conversas com o Tó; ver a Sónia tirar os bocadinhos de limão do gelado e de andar com a Joaninha às cavalitas nos ombros enquanto saltava entre as pedras em direcção ao pescador…
E a noite foi chegando… Quando começou a ficar escuro, despedimo-nos e meti-me no meu carro rumo a casa dos meus avós. Tinha combinado com o meu primo Pedro fazer uma surpresa e aparecer, também eu, em cada deles para jantar. Com o avançar da hora, acabei por chegar tarde. Jantei quando o meu primo repetiu pela segunda vez, mas foi tão gostoso ver o sorriso dos meus avós. Sentir que gostaram tanto da surpresa e que têm tanto prazer na nossa companhia e de entrar nas nossas brincadeiras. Sente-se o carinho que temos uns pelos outros, o respeito, a confiança e a admiração. Brincamos sempre muito e fartamo-nos de rir quando estamos juntos entre os disparates dos netos e as piadas dos avós. Papagaio!
Entretanto acabámos de jantar e apareceu a malta pequena lá em casa. Os meus três priminhos [maiores de dia para dia], juntamente com os meus tios. Preparámo-nos e fomos directos para a grande festa que ia haver em casa da minha prima Susana que fazia os seus belos 26 anitos!
Gostei muito! Gosto muito, muito, da minha prima Super-Sus. Gosto muito quando nos reunimos todos. E diga-se que foi graças a este universo cibernético que o conseguimos literalmente. Na festa só faltava uma pessoa de quem eu também adoro e que fugiu uns tempos para o Brasil. Sim, a Néquita, que esteve entre nós em videoconferência para matar um pouco das saudades que se vão fazendo sentir... Já não estávamos assim todos juntos faz quase dois meses, na altura em que nos juntámos todos para nos despedirmos dela. São as fotos desse dia passado em São Martinho do porto que vos deixo hoje [só não estão o Diogo e o Miguel que estavam num campo de férias]. Dão tantas saudades… são sorrisos profundos e inesquecíveis! =)

Muitos, muitos parabéns à Super-Sus, com muitas cócegas no nariz!
Muitos beijinhos para a minha maninha!
E abraços para o resto todo do pessoal que eu adoro!
Vocês são show!

segunda-feira, setembro 19, 2005

É bom ter amigos com o coração

“É bom ter amigos com o coração e os animais são nossos amigos porque SÃO! Sim, são seres a quem damos a mão e é bonito ter olhos d’amor e bichinhos de estimação. Todos temos nos nossos meninos, ora animais grandes, ora animais pequeninos, e sabe bem, sabe a descansar, a ouvir cantar…”
Também eu gostava muito da Nina, e de lhe perguntar se queria farófias ou fósforos, e de quando ela passeava na minha mão, e de quando eu fingia que ia por a cabeça dela na minha boca e ela me fazia cócegas com os bigodes. Gostava também quando ela andava na bolinha dela e quando ela punha todo, todo, o comer na boca ao mesmo tempo. Gostava das cores e do pelinho e de fazer coceguinhas! E vou gostar sempre. Vou gostar sempre porque ela está para sempre nas nossas memórias e recordações e porque era, e é, a ratinha mais bonita e popular de todas as ratinhas do mundo! É a hamster mais feliz e acarinhada! Uma festinha muito grande à Nina! Estou a fechar os olhos e a sentir: a Nina é macia no colo da minha mão a brincar…

domingo, setembro 18, 2005



















O fim-de-semana estava marcado para fazermos o nosso famoso jornal! O tema estava decidido, a estrutura encaminhada, os artigos quase todos prontos e a entrevista passada a computador. As portas de minha casa estavam mais uma vez abertas a qualquer Nó e, obviamente, que tivemos mais um fim-de-semana agitado e em festa à medida que as páginas do jornal iam surgindo entre os nossos sorrisos. Mas entretanto, foram também várias as ideias que fomos tendo para nos irmos divertindo. Sábado à noite foi comemorado em grande! Começamos por fugir de casa, depois das belas das pizzas, rumo à Torre de Belém para vermos juntos o grande fogo de artifício dos Japoneses. Chegámos mesmo na altura em que começou o espectáculo e lá ficámos, a contemplar todas aquelas luzes e formas que iam surgindo no céu. Foi muito bonito, embora nós esperássemos mais do final. =P É que a nossa imaginação é tão fértil que estávamos à espera dum verdadeiro bombardeamento! Depois de terminado, voltamos para casa e fomos a correr ver se o Tó e a Mer tinham entrado na Universidade e... é CLARO que entraram! Eles são simplesmente fabulásticos e ficam ainda melhor todos riscados com os meus marcadores grossos! =P Fiquei muito contente! É lindo vê-los agora entusiasmados como andam! Mas a festa não terminou. =) Seguiram-se ainda muitos risos e sorrisos e muitos filmes e músicas de situações super-caricatas e de super-viagens na maionese que sacámos da net, até à hora em que o Tó e a Joaninha resolveram dormir cá em casa! E foi lindo! Muitas fotos, muitas conversas, muito daquilo que me faz gostar tanto deles e senti-los como os melhores amigos do mundo! Foi lindo! =) Obrigado!
Na manhã seguinte, depois de quase não dormir, continuámos a fazer o jornal até que ficasse pronto. Éramos sempre cerca de 5-7 pessoas muito intensas. =P Fomos à missa das 19 h, cheia de amigos intensos também, e finalmente, fui comer um super-gelado depois do jantar num Cup&Cino com o Tó e com a Maria! Gostei mesmo muito também! Estava com imensas saudades da Maria! Ela é simplesmente 5 estrelas e até me ofereceu o gelado! =P
E pronto... Cheguei ao final do fim-de-semana bem cansado, mas recheado de sorrisos. Os meus e os dos meus amigos. Foi perfeito! =)

[Ah! O Asterix faz parte de uns dos meus lençóis maravilha! São lindos, lindos! Lindos!]

sexta-feira, setembro 16, 2005
























É verdade... Já passaram 6 anos desde que entrei para o Técnico e conheci duas madeirenses malucas com quem acabei por partilhar muitos e muitos momentos que hoje sabem tão bem recordar. Foram muitas horas de aulas, muitas cadeiras de laboratórios em que passávamos quatro horas de pé a trabalhar em experiências perigosas, muitos relatórios com muitas páginas feitos em conjunto, muitas horas de cansaço e de estudo, vários instantes de desespero e ainda a preparação e apresentação do nosso primeiro seminário! O primeiro de tantos que vieram a seguir... Foram também muitos almoços em que tive dificuldade de respirar de tanto rir, muitos furos passados a conversar, muitas aulas passadas a desenhar, muitos cinemas, alguns acampamentos e noites de festas divertidas e misteriosas em que nos tentávamos embebedar uns aos outros e comunicar com o além.
Éramos, como nós dizíamos, as três ovelhas. Eu, a ovelha branca; a Cuca, a ovelha cinzenta e a Ana, a ovelha preta com orelhas de abanico. =P
Com o tempo houve alturas em que deixámos de poder estar tão próximos. Hoje em dia, estamos também a seguir os nossos caminhos que passam por sonhos diferentes e que nos fazem ficar mais tempo sem nos vermos, mas continuo a gostar imenso dos momentos em que estamos os três juntos! Tal como as ovelhas a que nos associamos, somos os três tão diferentes, mas ao mesmo tempo conseguimos dar-nos e entendermo-nos tão bem. Mesmo depois das longas e bastante frequentes discussões que por vezes temos e que surgem dos nossos diferentes pontos de vista para o mundo. =P Mas o mais importante é que sempre nos respeitamos e entreajudamos, para além de adorarmos o humor uns dos outros. Seremos sempre as 3 ovelhinhas! Não é? =)
Hoje à noite estivemos de novo juntos para comemorar os anos da Cuca Maluca! Eu dei-lhe uma ovelha cinzenta magnifica! =) A noite foi muito animada entre as fotos à ovelhinha e o karaoke; as fotos à ovelhinha e as pizzas; as fotos à ovelhinha e um cafezito com música ao vivo e entre as fotos à ovelhinha e a praia. =) Foram sorrisos...

quarta-feira, setembro 14, 2005

Felicidade

Um velho gato viu um gatito que corria atrás da sua própria cauda e perguntou:
- Porque corres atrás da tua cauda dessa maneira?
- Ouvi dizer que para um gato – respondeu o gatito – a melhor coisa do mundo é a felicidade e que a felicidade está na minha cauda. Por isso corro atrás dela, pois quando a apanhar terei a felicidade.
- Meu filho – comentou o velho gato – eu também me preocupei com atenção com os problemas transcendentes. E também concluí que a felicidade está na minha cauda, mas descobri que, cada vez que procuro apanhá-la, ela se me escapa, enquanto que, quando faço outra coisa, ela segue para onde eu vou.
Wayne Dier
Este pequeno texto que deixo hoje começou por ser apenas mais um daqueles que leio quando, por vezes, abro pequenos livrinhos que tenho para me encontrar com frases, poemas ou histórias que me ajudem a fazer perceber o que se passa dentro de mim. Frases, poemas ou histórias com que me identifique, que sinto que fazem sentido e que penso que dão forma aos meus pensamentos tantas vezes confusos e dispersos. E foi isso que senti esta semana com esta pequena história.
Ao lê-la, concordei como o que o velho gato comentou. Concordei de tantas maneiras; aplicado a tantas situações. Quando há pessoas que sentem que a única maneira de serem felizes é a viver a vida a saltar e a rir, sem ligarem tanto aos sentimentos ou mesmo sem lhes conseguir ligar. Ou quando há pessoas que não sabem se devem parar para pensar, para avaliar as suas atitudes ou para procurarem entender aquilo que sentem. Quando pensam que talvez não seja importante dar valor ao que ouvem quando fecham os olhos, quando se perdem nos seus pensamentos…
Pois eu acho que devemos sim dar sempre importância ao que sentimos. Acho que devemos parar o tempo que for necessário; acho que devemos conversar e esperar pelas respostas sempre que precisamos, sempre que sentimos necessidade de as ouvir. Não vejo essa pausa como momentos gastos em que poderíamos saltar mais e rir mais. Acho que o que nos faz felizes são os sorrisos que conseguem ser profundos. Eles podem ser profundos de muitas formas. Podem ser profundos por nascerem de momentos de alegria e excitação, de momentos de partilha e amizade, e também de momentos que nos levam a crescer e a sentirmo-nos mais fortes e melhores connosco e com os outros.
É por isso que não temos de estar a toda a hora a correr atrás da felicidade. Se soubermos parar entre os saltos e os risos, podemos tornar os saltos em passos seguros e fazer dos risos, sorrisos profundos. Nós seguimos, e ela vem sempre atrás de nós, passo a passo, enquanto damos valor àquilo que os olhos não conseguem ver e enquanto deixamos os olhos verem primeiro aquilo que é mais simples ao nosso redor. Dessa forma, acho que conseguimos senti-la, mesmo nas alturas em que parece que tudo é um pouco mais difícil…

[Entre algumas paragens que fiz esta semana, saltei muito e ri muito. Relembrei também muitas e muitas fotos que me fazem sentir completamente cheio, a transbordar sorrisos. Por isso, pedi uma ajudinha e coloquei no meu nick do Messenger uma nova expressão: “Hic ibo esse felix!”. Para quem não entende Latim, como eu, significa: “Aqui irei ser feliz”. Um “aqui” com sentido de espaço e de tempo. =)]

terça-feira, setembro 13, 2005



















“J’aime bien les couchers de soleil. Allons voir un coucher de soleil …”

Na terça-feira recebi um presente muito especial, vindo de uma pessoa muito especial também, e que eu senti como um verdadeiro sorriso profundo. O presente era um convite, uma exigência e uma certeza. Eu digo seguro que aceito o convite, faço a mesma exigência e acredito, cada vez mais, na mesma certeza.
Acredito “enquanto houver pôr-do-sol”!

“Gosto muito dos pores-do-sol. Vamos ver um pôr-do-sol…”

[Escrito a ouvir JPP! AT! =)]

sábado, setembro 10, 2005


















A sexta à noite o programa não podia ter sido mais completo! Foi tudo planeado à última hora que é como sabe melhor. Saí do trabalho directo para casa da Joaninha para ir busca-la; da cada da Joaninha fui com ela ao cinema; do cinema fomos jantar a um mexicano; do mexicano fomos ter com o Tó; do Tó viemos a minha casa 5 a 7 minutos para eu poder vir pegar umas roupas; de minha casa fomos para casa da Sónia e com todo o pessoal lá reunido, partimos rumo a Cascais! Fomos ver a banda dum amigo da Joaninha num bar simpático onde estivemos mui divertidos a cantar algumas das músicas e a beber um chocolate quente. Mas a noite estava longe de acabar! =) Quando saímos do bar o próximo destino era a casa do Estoril da Anita onde fomos pernoitar. Muito fino, não? =) Adorei, claro!
A noite estava muito boa e enquanto conversávamos víamos da varanda, lá longe, o reflexo das luzes no mar. Entretanto, já tarde, a maioria do pessoal foi-se deitar, mas o meu sono estava ainda por chegar. Acabei por ficar a noite praticamente toda a conversar com a Anita e com a Joaninha e, mais tarde, apenas com a Joaninha. Acho que falámos de tudo! De sorrisos, de não sorrisos, de sorrisos antigos, de sorrisos que só o serão amanhã, de sorrisos profundos… Só quando começamos a achar que o chão estava a ficar demasiado frio é que resolvemos ir descansar. Ou melhor… isso pensávamos nós! Para não acordar ninguém resolvemos ficar dormir do hall de entrada. LOL Claro que as conversas e os sorrisos continuaram até o sol começar a despontar. Chegámos a dormir uns minutinhos até que chegou a hora do Tó acordar ir para a terra vindimar. =) Como amigos dedicados que somos, estivemos ainda a acompanha-lo no seu rápido pequeno-almoço improvisado e só depois nos permitimos descansar. Não muito, obviamente! Nada de perder tempo. Cerca de três horas e meia depois estávamos todos prontos para descer e ir dar uns valentes mergulhos na piscina! Mais sorrisos, mais brincadeiras, algumas fotos e voilà: mais motivos para uma montagem à maneira aqui no nosso Blog.
Obrigado Anita pela noite!
Gostei mesmo muito, principalmente da dona da casa! =)
Beijinhos e Abraços apertados!

[A tarde de sábado foi dedicada aos meus pais: uma valente açorda real de gambas; um passeio pelo parque das nações; conversas sobre férias e um saltinho ao aeroporto para ir buscar a minha avó! E vivam os momentos inesquecíveis! =)]

sexta-feira, setembro 09, 2005
















No dia 9 a Andreia e o Tó vieram até minha casa para vermos juntos todas as fotos e filmes da nossa caminhada até Santiago de Compostela. Não estava nada à espera daquele final de dia. A Andreia estava de férias e eu, longe de esperar que ela fosse aparecer por Lisboa e que telefonasse para saber se dava para passar cá por casa. E é claro que dava! Dá sempre! É sempre uma festa quando estamos juntos! Entretanto, foi só dizer ao Tó para ele dar cá um saltinho e fazer uma surpresa à Andreia. =)
E palavras para quê? São daqueles momentos em que parece que não podemos querer mais nada das nossas amizades! São sorrisos profundos! =) Como a Andreia me disse um dia: “é disto que são feitos os sonhos…”.
Sonhos que recordei enquanto fiz esta montagem dos muitos momentos inesquecíveis que temos vivido juntos. =)

[Mais à noite ainda fomos ter com o Nuno e com a Sónia para comer uns crepes e uns gelados depois de uma inesperada videoconferência. Melhor do que estar com dois grandes amigos, só mesmo estar com quatro grandes amigos! Gostei mesmo muito! Ainda bem que estamos sempre a repetir! =)]

quarta-feira, setembro 07, 2005















Lembram-se de vos ter contado há uns posts atrás que estou com um novo corte de cabelo? Pois… disse-vos em entrelinhas que os meus queridos amigos me cortaram juntos o cabelo na nossa caminhada até Santiago de Compostela, com canivetes, tesouras de cortar unhas e com uma outra que praticamente não cortava, normalmente utilizada para cortar gaze e adesivos...
Pois bem, fui aconselhado a deixar aqui a prova do crime no dia 7! Ao menos que alguma coisa seja perfeita, já que o corte de cabelo ficou assim meio que… bem… digamos que um pouco estranho…
O quê? Não? Pois… Talvez “um pouco estranho” não seja a expressão correcta… É mais do tipo, esquisito, ou absolutamente mau, ou horrível. =l Ao ponto de várias pessoas já se terem rido de mim quando me viram. Pronto, admito… =l
Mas com as fotos aqui publicadas, ao menos tenho material a meu favor quando meter o caso em tribunal para receber a justa indemnização!
No momento correcto vou fazer um ar aterrorizado e gritar: “Mãe!!!! Apontaram-me armas brancas!!!”.
Claro que o corte rasante que tenho na testa foi o menino Tó que fez… O que me contentou foi que, não sei como =P, o cabelo dele também caiu assim de repente numa questão de segundos passados uns dois dias! Coisas que acontecem… Não olhem para mim! =P
Por acaso até achei uma certa piada! =)
Bem... tenho de sair! Vou passear mais um pouco com o meu super look novo. ;)
Abraços!

[Se calhar exagerei nalgumas partes da descrição. Na realidade não estou assim tão mal, descansem. =) Até dá para disfarçar quando uso boné e o pessoal que cortou até diz que ficou giro! =P Tipo… a Andreia, a Mariana e a Mercedes. O Nuno diz que o que me safou foi o cabelo na altura estar bem molhado. Agradeço-lhe ter-me entornado a garrafa em cima. LOL Ender Ender Ender =) ]

terça-feira, setembro 06, 2005

















Acho que os sorrisos são como as paisagens: pintam a vida com as cores mais belas e enchem-nos de tranquilidade e bem-estar. Tornam-nos sempre os dias diferentes quando damos por eles, quando lhes damos atenção. Fazem-nos pensar como há tanta coisa boa e bonita que nos faz sentir mais completos.
Deixo fotos de paisagens que tirámos na nossa caminhada até Santiago de Compostela pelos últimos cerca de 55 km do caminho francês. Fotos de paisagens que acompanharam os nossos sorrisos e que foram os nossos sorrisos. Paisagens que ajudam a encher a alma e a contemplar tudo o que temos de mais belo por fora e por dentro de nós.
Sorrisos! =)

segunda-feira, setembro 05, 2005


















Acabei de abrir um livrinho e de ler que “a felicidade é simplesmente uma questão de luz interior”. Achei curioso, penso que realmente parte de nós e, em particular, do nosso olhar para a vida e para as coisas, sentirmo-nos ou sermos mais ou menos felizes. Acho também que essa luz interior tem de ser cuidada, alimentada e, por vezes, trabalhada, o que decerto, nem sempre é fácil…
Eu, sinto-me tão feliz quando penso em todas as oportunidades que tenho, quando penso nos meus amigos, quando penso no que eles me dão e no que eu faço por lhes dar. E sinto-me ainda mais feliz por me sentir feliz por tanta coisa que é no fundo tão simples. No livrinho encontrei também uma outra frase que dizia que “a verdadeira felicidade custa pouco. Se é cara, não é de boa qualidade”. Achei-a muito bonita também. Bonita e verdadeira...
E sinto-me mais e mais feliz quando vejo as fotos que retratam tantos momentos inesquecíveis de sorriso profundos que tenho vivido, como estas da nossa ida a Santiago de Compostela que não me canso de rever.

Nós somos a forma bonita, completa, de se cantar
Nós somos a voz e a palavra que nunca vão acabar
Cantando e amando e vivendo
Com toda a vontade que é possível ter
Nós somos a forma bonita, completa, de se viver.

Mafalda Veiga
Nós

domingo, setembro 04, 2005















E ao fim do quarto dia de caminhada, chegou o momento do regresso a casa.
Fizemos as últimas compras, passeámos mais um pouco e pusemo-nos rumo a Lisboa na nossa carrinha de 9 lugares. Mais uma vez, a viagem foi cheia de música, de conversas e de sorrisos.
Voltamos cheios de paz e algum cansaço, cheios daquela certeza de que o essencial é invisível aos olhos.

“- Adeus, disse…
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se pode ver bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
- O essencial é invisível aos olhos, repetiu o principezinho de modo a poder recordar-se.
- É o tempo que perdeste com a tua rosa que torna a tua rosa tão importante.
- É o tempo que eu perdi com a minha rosa… disse o principezinho para se recordar.
- Os homens esqueceram esta verdade, disse a raposa. Mas tu não deves esquecer-te. Tornaste-te para sempre responsável por aquilo que cativaste. Tu és o responsável pela tua rosa…”
Saint-Exupéry
O Principezinho, XXI

A viagem foi simplesmente fantástica!
Obrigado à Andreia, ao Tó, à Sónia, ao Nuno, à Mercedes, à Mariana, ao Paulo, ao Silvestre e já agora também aos peregrinos com os quais nos íamos encontrando repetidamente e trocando palavras de incentivo.
Ad aeternum cum vobis 3Nós!

sábado, setembro 03, 2005


















Na marcha pelo deserto eu sabia
Que alguns morreriam
Mas pensava sob o céu redondo
- Onde o limite do meu amor, da minha força?
E eis que morro antes do próximo oásis
Com a garganta seca e o peso
Ilimitado do sol sobre os meus ombros
Eis que morro cega de brancura
Cansada de mais para avistar miragens
Eu sabia
Que alguém
Antes do próximo oásis morreria.

Sophia de Mello Breyner Andreson

E foi a meio da tarde de dia 3, o segundo grande dia de caminhada em que fizemos cerca de 23 km, que chegámos a cantar a Santiago de Compostela. Sentimos de repente aquele contentamento da chegada, uma paz interior enorme, um sentido de grupo que nos aproxima constantemente.
Ao longo da caminhada acabamos sempre por pensar no limite do nosso amor e da nossa força. São limites que são difíceis de estimar; que são sempre maiores do que nós conseguimos avaliar. Quando pensamos que os estamos quase a alcançar, parece que arranjamos em nós próprios sempre mais amor e mais força que nos ajudam a continuar, enquanto acreditamos e que temos algo que nos faz motivar.
O poema da Sophia que coloquei acompanhou-nos no nosso percurso. Ainda não percebo bem se é bom ou não morrer antes do próximo oásis. Acho que depende da maneira como interpretamos o poema. Não o será se o associarmos ao esforço feito para alcançar um objectivo que pretendemos abraçar, mesmo cientes das dificuldades. Mas poderá ser se entendermos o morrer de que ela fala como um ultrapassar das dificuldades para renascer de novo; um morrer para aquilo que é pesado e que queremos arrancar de nós, para continuarmos mais seguros e certos até ao próximo oásis; dificuldades que relembramos exactamente quando pensamos no limite do nosso amor e da nossa força que pode ser fortificado, dia-a-dia.
Ao chegarmos ao nosso oásis, é tão bom relembrar a caminhada, os pontos bonitos por que passámos, os locais onde descansámos, os momentos em que rezámos, em que cantámos, em que conversámos, em que brincámos e em que fizemos as nossas refeições. É tão bom ter a certeza da nossa cumplicidade, da nossa amizade…

“A raposa voltou à sua ideia:
- [...] mas se me cativares a minha vida ficará como que iluminada pelo sol. Conhecerei um ruído de passos que será diferente de todos os outros. Os outros passos fazem-me meter debaixo da terra [...] Os teus chamar-me-ão para fora da toca como uma música. E além disso, olha! [...] O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me dizem nada. E isso é triste! Mas tu tens cabelos de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado! O trigo, que é dourado, far-me-á lembrar de ti. E amarei o som do vento no trigo...
A raposa calou-se e olhou muito tempo o principezinho.
- Por favor... cativa-me!”
Saint-Exupéry
O Prinicipezinho, XXI

Por vezes, como na nossa caminhada, acabamos por falar do que é a amizade entre as nossas conversas; do importante que para Nós é termo-nos uns aos outros; da importância deste elo forte que é também de amor. Porque o amor é o sentimento mais bonito do mundo. Qualquer tipo de amor…

“- Só se conhece as coisas que se cativam, disse a raposa. Os homens já não têm tempo para conhecer o que quer que seja. Compram coisas feitas nos comerciantes. Mas como não existem comerciantes de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres ter um amigo, cativa-me! [...]
- É necessário ser paciente, respondeu a raposa. Sentas-te primeiro um pouco longe de mim, assim, na erva. [...] Mas, de dia para dia, poderás sentar-te um pouco mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Era preferível teres voltado à mesma hora, disse a raposa. Se vieres, por exemplo, às quatro da tarde, a partir das três começarei a sentir-me feliz. Quanto mais a hora avançar, mais me sentirei
feliz. Chegadas as quatro horas já estaria agitada e inquieta; descobriria o preço da felicidade! Mas se vieres a qualquer hora, ficarei sem saber a que horas hei-de vestir o meu coração..."
Saint-Exupéry
O Principezinho, XXI

E acho que foi este o grande ensinamento da nossa caminhada. Um relembrar de um percurso que nunca é demais relembrar e que vamos fazendo passo a passo.

“O caminho da vida na terra
Começa, desde o nascimento
Pelos pequenos passos da criança;
E prolonga-se, passo a passo,
Até ao grande passo.
Dar um passo é sempre arriscado.
Dar um passo,
É arriscar perder o equilíbrio,
É arriscar pôr o pé no desconhecido.
Dar um passo
É comprometer-se
Com um caminho livremente escolhido.”
Porque há caminhos que escolhemos.
Quando chegámos junto da Catedral, eu e o Tó ainda nos pusemos a fazer umas gincanas e jogos com o pau que o Nuno improvisou como cajado. Visitámos a Catedral, batemos três vezes com a cabeça no santinho [como já é tradição], passámos por muitas casinhas para provar as famosas tartes de Santiago e continuámos, continuámos sempre com aquele sorriso e boa disposição que não nos largava. =)

sexta-feira, setembro 02, 2005















Foi no segundo dia que começámos realmente a caminhar a sério. No primeiro acabamos por fazer apenas cerca de 5 - 7 km muito intensos até chegarmos ao albergue de Melide, o nosso primeiro ponto de paragem. Foram basicamente uns quilómetros de aquecimento que serviram para que pudéssemos ser considerados como peregrinos e pernoitar. =)
O albergue era pouco acolhedor, mas nós precisávamos apenas de um pequeno espaço onde conseguíssemos dormir os 9. E claro que conseguirmos fazer desse espaço, um espaço cheio de partilhas e de sorrisos. Entre as massagens, a leitura de um ou outro textos soltos e o meu novo corte de cabelo [sim, os meus queridos amigos cortaram-me juntos o cabelo com canivetes, tesouras de cortar unhas e uma outra que praticamente não cortava], foi constante o nosso clima de boa disposição. Sorrisos profundos que, em parte, nos ajudavam também a prepararmo-nos interiormente para uma caminhada em que nos propomos também a algum amadurecimento interior.

“No planeta do principezinho, havia como em todos os planetas, ervas boas e ervas daninhas. E por conseguinte boas sementes de ervas boas e más sementes de ervas daninhas. Mas as sementes são invisíveis. Dormem no segredo da terra até que uma delas se lembra de despertar... Então espreguiça-se e lança para o sol, de início timidamente, um encantador rebento inofensivo. Se se trata de um rebento de rabanete ou de roseira, podemos deixá-lo crescer à vontade. Mas no caso de se tratar de uma planta daninha, é necessário arrancá-la imediatamente mal formos capazes de a reconhecer. Ora, existiam sementes terríveis no planeta
do principezinho... eram as sementes dos embondeiros. O solo do planeta estava infestado delas. Ora, se não arrancarmos o embondeiro a tempo nunca mais nos conseguimos desembaraçar dele. Atravanca o planeta todo. E se o planeta é demasiado pequeno e os embondeiros demasiado numerosos, fazem-no rebentar. «É uma questão de disciplina», dizia-me mais tarde o principezinho. Depois de tratarmos do asseio matinal é preciso tratar cuidadosamente do asseio do planeta. Temos que nos dedicar regularmente a arrancar os embondeiros mal os distinguimos das roseiras [...]”
Saint-Exupéry
O Principezinho, V

E foi pensando também nos embondeiros que queríamos arrancar do nosso próprio planeta que começamos então a nossa etapa de cerca de 30 km que nos afastava do nosso segundo albergue, o albergue de Santa Irene.
Como devem imaginar, debaixo de um sol quente e andando pelo meio da floresta [como nós dizíamos], nem sempre foi fácil para todos fazer algumas das etapas do percurso. Por vezes queixavam-se os pés, outras queixávamo-nos nós por causa da sede… mas o caminho foi todo feito em grupo entre brincadeiras e os momentos preparados pela Joana, com muitas fotos, muitas músicas que íamos cantando e muitas conversas que iam surgindo. Entre as vacas que iam passando e as pessoas com que nos íamos cruzando, a quem íamos sorrindo e cumprimentando.
E tem tudo tanto mais sentido quando nos mantemos assim sempre unidos em grupo. Quando encurtamos o passo se um de nós não está a conseguir ir ao mesmo ritmo; quando paramos todos se um de nós precisa de descansar. Porque é esse que penso ser o sentido de união e de grupo; porque é apenas juntos que vale a pena chegar à meta.

“Depois de andarmos horas em silêncio, a noite caiu e as estrelas começaram a iluminar-se. Avistava-as como num sonho, já com um pouco de febre, por causa da sede. As palavras do principezinho dançavam na minha memória:
- Então tens sede, também tu? Perguntei-lhe.
Mas ele não respondeu à minha pergunta. Disse-me apenas:
- A água também pode ser boa para o coração...
Não compreendi a sua resposta mas calei-me... Sabia bem que era preferível não o interrogar.
Ele estava cansado. Sentou-se. Sentei-me perto dele. E depois de um silêncio, disse-me ainda:
- As estrelas são belas, por causa de uma flor que não se vê... [...]
- O deserto é belo, acrescentou ele.
E era verdade. Gostei sempre do deserto. Sentamo-nos sobre uma duna de areia. Não se vê nada. Não se ouve nada. E no entanto qualquer coisa brilha em silêncio...
- O que torna belo o deserto, disse o principezinho, é que ele esconde um poço em qualquer lado...
Fiquei surpreendido por compreender de súbito o misterioso brilho da areia. [...] A minha casa escondia um segredo no fundo do seu coração...
- Sim, disse eu ao principezinho, quer se trate da casa, das estrelas ou do deserto, o que faz a sua beleza é invisível!
- Estou contente, disse ele, por estares de acordo com a minha raposa. [...]
Estava comovido. [...] «Aquilo que vejo não passa de uma casaca. O mais importante é invisível...» [...] «O que me comove tanto neste principezinho adormecido, é a sua fidelidade a uma flor, é uma imagem de rosa que brilha nele [...]»”
Saint-Exupéry
O Principezinho, XXIV

Ao fim de várias horas de caminhado a contemplar o brilho do que nos rodeava, chegados ao albergue de Santa Irene, pudemos filnalmente voltar a descansar todos juntos, tomar os nossos banhos e conversar um pouco com os outros peregrinos. Conhecemos uns Italianos muito simpáticos com os quais fomos inclusivamente jantar. Estávamos a chegar ao fim do primeiro grande dia de caminhada.
Para ficar para a história, só não posso e deixar de relembrar a senhora do restaurante que só faltou correr-nos à vassourada só porque lhe pedimos para nos vir atender numa altura em que, pelos vistos, estava com muito trabalho. Mas até essa experiência acho que foi importante. Um dos momentos d’ O Principezinho em que reflectimos na nossa caminhada, fez-nos pensar em pessoas que, neste nosso mundo, em alguns momentos da sua vida, se tornam secas, pontiagudas e salgadas.

“O principezinho subiu a uma alta montanha. As únicas montanhas que conhecera até aí eram os três vulcões que lhe chegavam ao joelho. [...] Não avistou nada além de agulhas rochosas bem afiadas.
- Bom dia, disse ele ao acaso.
- Bom dia... bom dia... bom dia... respondeu o eco.
- Quem são vocês? Disse o principezinho.
- Quem são vocês... quem são vocês... quem são vocês... respondeu o eco.
- Sejam meus amigos, estou só, disse ele.
- Estou só... estou só... estou só... respondeu o eco.
«Que planeta esquisito! Pensou ele então. É todo seco, pontiagudo e salgado. E os homens não têm imaginação. Repetem o que se lhes diz... O meu planeta tinha uma flor: era sempre ela a primeira a falar...»”.
Saint-Exupéry
O Principezinho, XIX

Como a Joaninha nos escreveu: “Esses planetas precisam da nossa vida, ternura e doçura! Mostremos a alegria de ouvir mais do que ser ouvido… […] Escutemos o que a nossa flor nos pede e nos diz! Precisa de ser regada? Podada? Alimentada? E não se esqueçam, tudo o que fizerem na vida, temperem-no com muito amor e imaginação”.
E foi isso que continuámos a tentar fazer. =)

quinta-feira, setembro 01, 2005















“E ninguém nos pára enquanto Nós Acreditarmos! =)”
Foi assim que acabei o meu post anterior antes de mandar os beijinhos e os abraços. Estava prestes a começar uma caminhada há muito esperada rumo a Santiago de Compostela e que prometia logo à partida os verdadeiros momentos inesquecíveis de sorrisos profundos que nela vivi.
Entretanto o tempo voou. Tenho andado aqui e ali animado e com um sorriso rasgado que se multiplica porque continuo dia-a-dia a acreditar.
Hoje já é dia 10 e parece que tenho mil histórias que gostava de vos contar. Imensos textos que li e que gostava de partilhar. Várias músicas que vos gostava de fazer escutar… Pensei em tentar distribuir alguns desses momentos pelos dias em que os vivi. E vou então iniciar pelo momento em que penso que a minha caminhada começou.
Recuando até dia 1, lembro-me quando, às 5:45 da manhã, saí eu de casa com a minha mochila de campismo às costas e com uma mais pequena, também aos ombros, mas colocada sobre a barriga. Levava ainda a máquina fotográfica a tiracolo e nas mãos uma camisola. Tinha decidido que ia a pé até ao seminário, onde nos tínhamos combinado encontrar. Enquanto estava a caminho, sentia um entusiasmo que me fazia sentir com toda a energia do mundo, ao mesmo tempo que tentava reflectir sobre o verdadeiro motivo da nossa caminhada. O motivo que nos dá a motivação. Dei por mim sem conseguir definir um motivo único e simples. Porque o motivo não era só o facto de ir de novo a um local de me traz tão boas recordações, nem só o de poder passar quatro dias inteiros a viver novas experiências com amigos que eu adoro, nem só o de saber que ia ter garantidos momentos de maior reflexão que me ajudam sempre a reencontrar-me mais e mais com um grande Amigo meu e que me dão uma serenidade, uma certeza e uma força que confortam. O verdadeiro motivo era talvez a combinação dos três que referi misturados em iguais proporções. Era sentir que mais uma vez íamos chegar todos juntos ao fim de uma longa caminhada cheia de sorrisos de brincadeiras e também de dificuldades, sempre relembrando Aquele amigo que sempre esteve na base da formação do nosso grupo. Era sentir que “mais importante do que aquilo que se leva, é o que se vai ganhando ao longo do caminho”.
Quando cheguei ao seminário, já estavam quase todos reunidos. Faltava apenas a Mercedes, claro =P. A Joaninha também lá estava para se despedir de Nós e para nos dar uma caixinha cheia de momentos que ela nos preparou para fazermos ao longo da nossa caminhada e que a tornaram sempre presente, ainda que não o estivesse fisicamente. Cada momento tinha como base um excerto d’ O Principezinho que nos acompanhou e nos ajudou durante toda a caminhada.
Tínhamos tudo reunido para um grande começo e meia hora depois da hora combinada, lá partimos Nós, rumo a Melide, o início do nosso percurso feito a pé, em Espanha.

“Nesse mesmo dia, dois discípulos, iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús. Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho”
Lc 24, 13-15