quinta-feira, setembro 22, 2005

Somos livres

Somos livres
perante o sol do dia
e livres perante as estrelas da noite.
E somos livres
quando não há sol,
nem lua, nem estrelas.
Somos ainda livres
quando fechamos os olhos
a tudo o quanto existe.
Mas somos escravos do que amamos,
porque o amamos.
E escravos do amor,
Porque amamos.
Nelson Coelho
Hoje resolvi deixar-vos este poema. Li-o pela primeira vez num momento já perdido entre os muitos que vivi na semana passada. Na altura, lembro-me de ter gostado muito da parte inicial. Gosto da sonoridade dos primeiros versos. Fazem lembrar que podemos correr soltos em descampados, que podemos gritar do cimo das montanhas, que podemos saltar em queda livre e sorrir. Fazem lembrar que a qualquer altura podemos saborear o vento fresco na cara, mas também que, na vida, somos nós que temos de tomar as nossas decisões, que somos responsáveis pelos nossos passos e pelas nossas palavras. Que quer nos momentos mais fáceis e solarengos, como nos mais difíceis e sombrios, somos nós que fazemos as nossas escolhas e que optamos pelo nosso caminho. Somos livres nos momentos bons e nos maus. Somos livres de olhar em frente, livres de rodopiar e de cantar, livres para ajudar e respeitar, ou mesmo livres para fechar os olhos e virar as costas ao mundo. Somos livres sob o azul do céu e livres sobre o azul do mar…
Estes versos fazem-me pensar sobre a melhor maneira de usar esta nossa liberdade; sobre a forma consciente, ou não, com que o fazemos. Se usamos ou não a nossa liberdade para dar mais liberdade a quem nos rodeia, para os deixar também sonhar e voar. Se a usamos ou não de forma a nos deixarmos continuar livres.
Mas, continuando a ler o poema, deparei-me com um termo que achei duro e desconfortável para ser utilizado para falar da melhor coisa do mundo: amar. Amar de qualquer das formas em que amar é possível. Embora consiga entender porque foi escrito, não acredito que tenhamos de ser escravos do que amamos, porque o amamos, nem escravos do amor, porque amamos. Não acredito. Não acredito, porque o conceito de “escravos” está a ser utilizado como contrário do de “liberdade”. Perdemos tantos sorrisos se deixarmos o amor nos escravizar... Acredito sim, no amor que nos deixa manter a liberdade. No amor que nos faz sentir ainda mais livres; no amor que nos deixa voar ainda mais alto, correr ainda mais rápido e cantar com ainda mais força. No amor que nos ajuda a fazer melhor as escolhas e as decisões que somos livres de tomar. É por esse amor que acho que devemos procurar e lutar…
Não?

[Acontece tantas vezes acabar por falar um pouco sobre tudo isto com alguns amigos… Acho que foi o que voltou a acontecer hoje com a Dianita quando fomos lanchar ao final do dia. Gostei muito do lanche: do gelado e principalmente da companhia. Diana, adorei as conversas, as partilhas e os teus sorrisos! És linda! GMT!]

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Oi Ti!!!!!Tb estava com muitas saudades de vc!!!!!!!!Meu computador estava com problema dai a demora para entrar em contato, mas eu já li tudo sobre a viagem e os demais dias subsequentes.....
Que vontade de ir com vcs da proxima vez......
Olha bjos enormes para vc e para a Joaninha, o Tó, a Sónia, a Maria, etc.....
Vc ficou muito GIRO com esse novo corte de cabelos!!!!!!!!!!!!!!
Ah! ia me esquecendo, a sua irmã já está quase uma brasileirinha, não achas??????

7:11 da tarde  

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