quarta-feira, agosto 31, 2005














"… E tudo começou quando, certo dia, numa reunião do meu grupo de jovens que se chama “3 Nós”, foi proposto que fossemos em peregrinação a Santiago de Compostela. Gostámos logo todos da ideia, pois são sempre excelentes estes desafios que nos surgem e nos quais estão garantidos inúmeros momentos de reflexão e de animação que nos ajudam a crescer interiormente e com os outros.
No dia 24 de Abril, lá estávamos todos de mochilas, à porta do seminário, prontos a “fazermo-nos ao largo” pelos Caminhos de Santiago. O resultado está à vista… um grupo cada vez mais unido e com vontade de fazer mais, de agarrar novos desafios e de viver novas experiências na longa caminhada que nos é proposta pelo nosso Amigo que nos acompanha. Hoje temos um “novo andar” e sentimos algo diferente quando se fala de Santiago.
As fotografias ajudam-nos a recordar todos os momentos vividos. Dos mais difíceis, em que o nosso corpo parecia resmungar pelo esforço feito nos quase 70 km percorridos, aos mais alegres e divertidos em que caminhávamos a cantar, a reflectir ou envolvidos em jogos ou brincadeiras que íamos inventando. Dos momentos em que éramos incentivados pelas pessoas por que passávamos, àqueles em que éramos afugentados pelos cães a ladrar. Vendo as fotografias, sentimos uma saudade que aperta o coração mas, também, um enorme ânimo e força para continuar!..."

Este é um excerto de um texto que escrevi em 2002, a primeira vez que fomos juntos a Santiago de Compostela, para ser utilizado como artigo no nosso jornal. Nesse ano, trouxe comigo um cajado que fiz de um tronco de uma árvore assinado com o meu canivete por cada um dos amigos que foi comigo e que continua aqui guardado no meu quarto. A viagem marcou-nos de tal forma que ainda hoje a recordamos como uma das nossas grandes saídas em retiro. Foi o motor impulsionador que fez com que começasse a encher o meu quarto de fotografias que me relembrem sorrisos profundos. Hoje, já nem sei quantas fotografias conto quando olho em volta. Mais de duzentas, de certo.
No ano seguinte voltámos a ir e a reviver todos aqueles momentos especiais. Á media que íamos percorrendo o Caminho Português, íamos relembrando os sorrisos da primeira viagem, esboçando sorrisos novos e fortalecendo mais as nossas amizades.
Este ano, resolvemos ser um pouco diferentes, ir até um pouco mais longe, e percorrer o final do Caminho Francês. Claro que depois vos vou dar notícias. Hei-de vir, com certeza, cheio de experiências novas, cheio de fotos, e cheios de momentos que não vou querer esquecer.
Estou literalmente ansioso por partir! Amanhã, 6 horas da matina, aqui vamos Nós! E ninguém nos pára enquanto Nós Acreditarmos! =)

Beijinhos e Abraços!
De certeza que me vou lembrar de vocês na minha caminhada. =)

[A foto também foi tirada em 2002, tinha eu os meus 20 aninhos =)]

terça-feira, agosto 30, 2005

Uma história limpa

“Nas páginas de um caderno de capa negra que sempre me acompanha (na realidade, uma Moleskine), anoto as minhas dúvidas, os meus assombros, os acasos de cada dia. E também pequenos artigos, capítulos de romance, contos, receitas de cozinha, declarações de intenção e compromissos de que geralmente me esqueço. Ao folheá-las durante a breve cerimónia de adeus que antecede a inauguração de um novo caderno, leio o que está escrito […] Folheá-las é rebobinar a vida e vê-la fugazmente, fotograma a fotograma”
Luis Sepúlveda
Uma História Suja

Foi o que hoje me apeteceu fazer. Vasculhar os meus ficheiros e procurar, onde guardo textos e conversas com amigos, pequenas partilhas dissolvidas no tempo, de um tempo que me marcou, que me mudou e que me fez crescer. É por isso que acho que pertencem também ao final de outro volume ou de um outro capítulo, mas de uma história limpa. São partilhas que se tornaram em momentos de transição. Talvez, dum ponto de vista mais aberto, um prólogo que descreve momentos que sinto que me tornaram mais confiante e mais seguro. Tempos pouco distantes, de descanso e de férias, em que achava que a minha vida dava para inspirar um guião de um bom filme por tudo o que estava a acontecer nela em simultâneo. Tempos únicos em que descobri realmente a importância de falarmos de nós mesmos para nos percebermos; de nos darmos a conhecer para conhecer o mundo. Tempos em que me apercebi realmente que quando falamos de nós com amigos que nos escutam, sem preconceitos e sem o medo de nos expormos, encontramos neles, quando os ouvimos de volta, tantos mais pontos em comum, tantos sentimentos que nos fazem sentir mais iguais e mais próximos. Foi quando comecei a perceber melhor as minhas inseguranças que, aos olhos de quem nos vê, parecem sempre tão mais pequenas. Foi quando percebi melhor que todos os outros as têm também, de uma forma distinta, mas sempre fragilizante…
E foi nestas trocas e ao sentir todo o carinho e força que recebia constantemente de quem me ouvia, em parte como reflexo do que sou, que aprendi a gostar, aos poucos, também mais de mim. Hoje acho incrível como consegui ultrapassar a maioria dos medos que mais vezes enunciava; como percebi que tinham pouco sentido; como são coisas que só vemos aumentadas no interior do nosso eu que todos temos de deixar abrir.
Foram esses tempos que acompanharam a criação deste nosso Blog. Tempos que devo a muitos amigos e, em especial, a um “que era mas não era” e que hoje relembrei em particular. Tempos que um dia descrevi como o meu ponto mais alto de realização profissional e pessoal. Profissional, talvez por acaso, e pessoal, como reflexo do que referi. Tempos que tenho permitido que continuem e que me fazem ser ainda mais feliz e ter uma vontade cada vez maior de me dar.
Mesmo de perto, consigo olhar para trás e perceber como tudo foi rápido. Foram tantos sorrisos enormes nesta evolução constante que é a nossa vida, que têm continuado e que me levam a olhar para tantas coisas com os memos olhos de antes, mas com a visão de agora. Tantos sorrisos que ao mesmo tempo, por vezes, espero que nunca me mudem demais, para que consiga atingir aquele equilíbrio que todos os dias espero encontrar, no exemplo d’Ele…

[E pronto, foi isto que me saiu do momento em que relembrei tantos sorrisos profundos… Não sei o que é. Um pouco de uma história minha em que vocês também são personagens e que marcou o final do meu curso. Uma etapa do meu crescimento convosco. As minhas impressões que eventualmente poderão ser diferentes num amanhã. Ou apenas um texto escrito num momento mais pensativo ao som de uma música calma…]

domingo, agosto 28, 2005

OK! Eu deixo o coração falar.

Por vezes, há algo em nós que parece que rebenta de tanta felicidade. Acho que foi assim que me senti depois de ter recebido um presente especial faz pouco tempo. O presente foi um pequeno filme que era para me ter sido enviado pelo Messenger numa das noites da semana passada, mas que não consegui receber. Só uma noite depois, em casa da amiga que mo deu, o pedi para ver no meio de conversas e lembranças. Ela, feita tonta =P, achava que já não tinha sentido eu vê-lo, mas eu insisti. E fiz tão bem… Enquanto via o filme, passaram por mim um monte de sentimentos. Ela gravou-o num momento de birra que fez porque eu não quis ligar a minha webcam para que ela não deixasse de estudar. No filme, ela canta-me uma canção que um dia eu lhe dediquei. E a mensagem que a canção transmite, o sentido com que ela a cantou, as brincadeiras que fez ao mesmo tempo e cada objecto que foi mostrando à medida que a música prosseguia, fizeram com que eu tenha esboçado um sorriso enorme ao longo de todo o tempo, enquanto cantava também baixinho. Os sentimentos de que falo eram de alegria; quando se fala de uma amizade que eu sinto enorme. Uma amizade constante e que vem mesmo quando nos sentimos sós e parece que não temos mais ninguém, por estar guardada dentro de nós juntinho do coração. Uma amizade que tantas vezes nos liberta dos trilhos a que nos sentimos presos, que nos ajuda a ter força e soltar aquilo que temos dentro de nós, que nos ajuda a voar mais alto mesmo nos nossos melhores momentos em que nos sentimos mais felizes. Uma amizade que nos acompanha e que nos ajuda a seguir sempre e a crescer. A amizade que não queremos nunca perder. E foi tudo isto que me fez quase chorar ao mesmo tempo que sorria: foi a ternura dos gestos que via e o gesto em si. Depois de ver o filme, dei-lhe apenas um abraço longo e brincalhão e não disse mais nada. Vivi tudo isto para mim ao mesmo tempo que o rebuliço continuava à minha volta, entre os risos e as conversas do resto dos meus amigos presentes que nem se aperceberam do momento... Entretanto, já voltei a ver o filme não sei quantas vezes mais - talvez umas três ou quatro - e ao fim de cada uma delas volto a pensar para mim que não posso querer mais de uma amizade…
E hoje, sou eu que digo que “mais do que nunca, mais do que aquela vez no carro, a música faz-me tanto sentido! […] Tenho tanta sorte e ADORO-TE tanto! Deixas? Agora vou cantá-la! Para sempre”.
E eu sei que sou lamechas e que nos dias a seguir de um grande abraço em grupo me fico a lembrar dele com um sorriso, mas dirigindo-me agora a ti [não eu, mas tu], fica a saber que GMT 4ever e que não tens nada de apêndice! =P Gosto cada vez mais de Amizar “conti” e junto de ti!
Sorrisos profundos. =)

sexta-feira, agosto 26, 2005















Ontem foi dia de festa! Eu e alguns amigos do Técnico juntámo-nos de novo para matar saudades. Já não estávamos juntos desde Fevereiro, quando voltámos a ficar dispersos por vários pontos da Europa. Desta vez, surgiu uma nova oportunidade de nos reunirmos mesmo antes do Luís partir de viagem de novo para Londres. Foi mais uma noite animada com uns bons bifes, muitos sorrisos, conversas e fotografias.
É sempre bom quando estamos juntos de novo! Que se repita por muitas e muitas mais vezes! =)
Beijinhos e Abraços aos senhores Engenheiros! =P

[E já agora, muito boa sorte a todos aqueles que estão agora a acabar de escrever e mesmo perto da discussão do Estágio. O que é preciso é ter calma, descontracção e estupidez natural. Já estamos batidos, é canjinha! =)]

quinta-feira, agosto 25, 2005















É verdade! Mais uma vez esboçamos um sorriso enorme e colectivo. A fotografia das mãos do meu grupo de jovens 3 Nós voltou a ser utilizada para promover os ateliers organizados pelo serviço educativo da Culturgest!
Desta vez as nossas mãos vão dar uma ajudinha a um atelier de cerâmica para crianças dos 7 aos 12 anos que em duas tardes vão ser ajudadas a desenvolver práticas essenciais do trabalho em cerâmica; a um atelier de fotografia em que rapazes e raparigas dos 13 aos 16 anos vão passar duas manhãs a aprender e experimentar conceitos básicos da prática da fotografia e a um atelier de dança e vídeo para adolescentes dos 14 aos 16 anos que vão passar dois dias a aprender conceitos básicos da dança contemporânea e do registo em vídeo. =)
Mesmo que ninguém olhe com atenção para a foto e que a achem somente engraçada e colorida, mesmo que ninguém perceba a amizade e a alegria que estão por detrás destas mãos todas juntas, será sempre um contentamento enorme saber que algo que é tão especial para Nós e que nos acompanha é utilizado como ícone para promover a cultura e a aprendizagem e, consequentemente, o crescimento conjunto e as relações de respeito entre as pessoas!
A mesma foto que está na abertura da nossa página da Internet , que tenho junto dos meus documentos do carro e que está estampada no meu tapete de rato que me deram como prenda de fim de curso. =)
E já agora, aproveitem os finais dos dias e os fins-de-semana para fazer algo diferente! Dêem uma vista de olhos à programação da Cultusgest, em tudo intensa, diversificada e rica.
Sorrisos!

quarta-feira, agosto 24, 2005















Faz quase duas semanas que cheguei das férias nos Açores. Os dias passam por mim e eu passo-os a relembrar aqueles momentos fantásticos que me fazem sorrir e ter vontade de os prolongar. Tenho estado e falado muitas vezes como Tó e com a Joaninha. Continuamos com as nossas frases e os nossos disparates e vamos revendo e mostrando as nossas fotografias aos amigos que cá deixámos. E, abrigado neste conforto, tem-me dado menos vontade de escrever ou de guardar um tempinho para faze-lo.
Mas os momentos que considero inesquecíveis, felizmente, têm continuado! No trabalho e nos fins-de-semana; à medida que vou saboreando as oportunidades que surgem neste tempo quente de verão.
No sábado passado fomos ao Meco. Eu, o Tó, a Joaninha, a Andreia, o Ricardo e a São. Foi um dia em grande passado entre imensas brincadeiras, entre a praia e as refeições. As sardinhas, o pão, as caipirinhas, as músicas, os saltos, as danças, as mangueiradas, o volei, a argila, os mimos, o pôr-do-sol, as conquilhas e as partilhas. Tudo ingredientes que nos ajudaram a ter juntos mais um dia especial com sabor a férias e a gozar o bronze do verão.
Estes momentos, os encontros, as conversas em videoconferência ou por voz no Messenger, as mensagens de telemóvel quando estamos longe, têm sido autênticos sorrisos profundos…

terça-feira, agosto 23, 2005













Káméeeeeeeee – hãméeeeeeeeeeeeee – háaaaaaaaaaaaaaa!

Coloco esta foto hoje para que fiquem comprovados os nossos super-poderes! E agora eu não ia saber, é?
Não acredito que tenham chegado a duvidar! Não tenho culpa que em Lisboa seja tudo mais apertado e não os possa utilizar sem magoar alguém! É claro que isso eu não quero! Eu sou do bem!
Ao menos lá no Faial toda a gente sabia que somos super-guerreiros. Caso contrário não havia pessoas que ao passarem por nós na rua começavam a cantar a música do Dragon Ball! =) Ai a nossa fama…
Bem… tenho de ir ali num instante a Kinshasa a voar. Vou festejar o lusco-fusco, 5 a 7 minutos muito intensos! O que é preciso é estar sempre de olho, sempre de olho… 180º e PIUUU =)
Beijinhos e abraços a todos!
Ou melhor, super-beijinhos e super-abraços! =)

segunda-feira, agosto 22, 2005

















E para finalizar esta sequência de montagens que vos tenho apresentado e que fazem lembrar momentos tão especiais e tão perfeitos, deixo uma sétima com um mix de fotos que acho fantásticas e que me fazem sorrir! Já nem preciso de descrever o quanto!
Claro que são apenas algumas das 1807 fotos que nos vão ajudar a decorar para sempre diversos momentos que nos encheram de alegria durante as nossas duas semanas de férias. O quê? Muitas fotos? Não! Muitos mais foram os sorrisos =)
A acompanhar as fotos, não podia deixar de vos reescrever aqui as frases que apontámos durante as férias por mais nos terem marcado. Ou por terem surgido em situações caricatas, ou por serem frases que não parámos de dizer constantemente nos nossos disparates constantes! =) Ora aqui vai disto:

Eheh… Safarê!
Onde é que está o Marco?
E agora eu não sei, é?
Quanto é que me dás?
Yo sey que estás ay! Por favor contesta-me!
Poderoso! La fiesta… la plaza!
Vou dizer uma asneira, tá? Pirilau!
Eu amo-te buéeee! É pena é teres essa tromba!
Ai a merda! Ai a merda!
Don’t stop me now!
Aeroporto de mosquitos, capacete espacial…
Segue, segue, segue, segue, segue… vai dar uma granda volta!
Nhecus bovinus
1, 2, 3, já cá estamos outra vez, ah pois é!
Maiúco! Grande maiuquinho da cabeça!
Lindo!
Mas quem é que foi a parva que fez isto?
E queria também aqui anunciar se faz favor, que isto aqui, que isto aqui, é uma data de gatunos, uma data de ladrões e uma data de chupistas!
Olhó kunaaaami fresquinho!
I think I’m cute, I know I’m sexy!
Lusco-fusco, 5 a 7 minutos muito intensos!
Coelhinho, se eu fosse como tu, tirava a mão da boca e metia a mão no… coelhinho…
Ah pois é, bebé!
Qui tontéria!
Tens uma lata… Uma lata não! Tens um BIDÃAAOOO!
Sempre de olho, sempre de olho… 180º e PIUUU
E o filho da vaca, como é que se chama? O filho da vaca…
Borraste-te todo!
Já não brinco!
Vem cá se és homem!
Kaméeee-hãméeeee-haaaaaaaa!
Oh Joana!
Epah, tantas estrelas cadentes… Catarina, não vês, abre os olhos!
Tó, agora a sério…
Oh boa! Comia-te toda!
Como é que se dorme no Pico? Então… Fechas os olhos e dormes…
Rebaldaria no prado!!
Esta ilha estraga um gajo!
Mas também eu não vos percebo, vocês nunca aparecem lá em casa!
Isso é chato…
Tenho de ir fazer uma chixoca.
Ah! Isso é praga…
O barco vai afundar… O barco vai afundar… Está aqui, está ali.
A noite de ontem foi muita gira, começámos por ir à escola que tinha um ambiente horrível, vimos dois gajos à pancada e tiveram de chamar a polícia… ou seja, a noite foi linda!
E foi aqui! Exactamente aqui…
Que brasa!!!
Podes tratar-me por tu!
Tó, puseste o aparelho? Sim… pus…
Beija-me na boca.
O árbitro vai anular…
Aqui há cobras?
O avião ainda não chegou, mas se calhar é melhor ir para a sala de embarque…
Eu realizei que…
Deriavado a…
Olha a onda, olha a onda!
Ser faialense!
E viva o Faial!

Viva o Faial! Viva a amizade, as partilhas, as brincadeiras, as férias e a boa disposição!

domingo, agosto 21, 2005




















Noites mágicas; noites inesquecíveis; noites estreladas; noites de partilhas; noites de brincadeiras e de diversão; noites de concertos e de shots; noites de danças e saltos; noites jovens; noites de sorrisos; noites de super-poderes!

sábado, agosto 20, 2005

















E como não se passam umas boas férias de verão sem umas boas idas à praia, com muitos toques na bola de volei e muitas macacadas, nada melhor do que estar com o Tó, com a Joaninha e com os meus pais nas praias de Porto Pim e de Almoxarife de manhã, à tarde, de noite, a que altura for! A areia preta e quente, os mergulhos no mar… Aimm... Já tenho saudades! =)

sexta-feira, agosto 19, 2005




















Nem mais! A nossa fantástica saída para ver baleias! Minha, do Tó, da Joaninha, das minhas primas Catarina e Patrícia, do Zé e de uma amiga que fizemos pelas terras do Faial, a Susana, a quem temos de agradecer toda a viagem espectacular! Quero guardar para sempre aquilo que continuo a sentir ao ver as fotos. Esta paz, esta tranquilidade, um sorriso enorme e constante. Parece que consigo recordar cada momento…

quinta-feira, agosto 18, 2005




















E depois da subida ao Pico, veio a subida ao vulcão dos Capelinhos! Como já referi, um dos meus locais preferidos entre todos os que conheço. Foi tudo fantástico! As fotos mostram-no! Quero mais, quero mais, quero mais! Quero muuuiiiiito mais!

quarta-feira, agosto 17, 2005















Ficam algumas das fotos lindas da nossa subida ao Pico!
Dão um cheirinho da beleza da subida, do pôr-do-sol por cima das nuvens, da noite magnífica que lá passámos, do nascer-do-sol, da nossa felicidade e boa disposição no pontinho mais alto do Pico [ao qual todos chamam de piquinho] e da descida que é talvez a parte mais complicada da grande aventura.
No momento em que estávamos no piquinho, não havia ninguém em Portugal mais alto do que nós! Éramos os maiores!

terça-feira, agosto 16, 2005

















De volta ao trabalho! Começa assim a primeira semana pós-férias em que, invariavelmente, não consigo parar de pensar em tudo o que vivi. Ansiosamente, espero pelas fotos que meti a revelar; vejo repetidas vezes todas as fotografias digitais tiradas e conto os minutos que faltam para estar de novo com os amigos com quem tive o prazer de as partilhar. Planeamos o dia em que podemos ver juntos as filmagens feitas e em que podemos mostrar algumas das fotografias a outros amigos de quem tanto gostamos.
São sempre bons também os reencontros depois das férias com o pessoal de quem já temos saudades, em que todos temos imensas histórias novas para contar. É especialmente bom também quando amigos super-queridos e lindos e fantásticos nos vão buscar ao aeroporto e quando nos esperam em casa mal acabamos de chegar de férias! =)
E é na sequência de todas estas recordações inevitáveis dos dias de férias em que passei a sorrir, que decidi colocar-vos em cada dia desta semana, uma montagem de fotos. Serão montagens de alguns dos momentos que mais nos marcaram e que não resisto em partilhar aqui no Blog.
Claro que tinha de começar pela nossa maior aventura! A custosa mas magnifica descida à caldeira que fica no centro do Faial no seu ponto mais alto! 400 metros de corta-mato cerrado a descer e depois a subir, sempre acompanhado de uma vista espectacular!
Espero que gostem das paisagens! =)
Muitos beijinhos e abraços a todos!

domingo, agosto 14, 2005

Don't Stop Me Now

E chegam hoje ao final estas férias inesquecíveis! Os últimos três dias tiveram um gostinho de fim que não queríamos que chegasse tão cedo, mas que ajudou a vivê-los ao máximo para poder aproveitar tudo aquilo que esta ilha nos oferece aos montes.
As saídas de barco, as praias, as noites, os concertos, as discotecas, a companhia… Cada momento, na sua beleza, com toda a nossa energia.
Deixo-vos hoje uma música que eu adoro e que nos acordou praticamente todos os dias durante as férias. Foram os amanheceres mais dinâmicos que podíamos ter tido, sempre cheios de lutas de almofadas, de moches e de saltos nos colchões. É uma música que reflecte o espírito contagiante com que vivemos cada dia; a todo o vapor, a cada minuto:

Tonight I'm gonna have myself a real good time
I feel alive
And the world I'll
turn it inside out yeahI'm floating around in ecstasy
So don't stop me now
Don't stop me
'cause I'm having a good time
Having a good time

I'm a shooting star leaping through the sky
Like a tiger defying the laws of gravity
I'm a racing car passing by like Lady Godiva
I'm gonna go go go there's no stopping me
I'm burning through the sky yeah
Two hundred degrees that's why they call me Mr. Fahrenheit
I'm travelling at the speed of light
I wanna make a supersonic man out of you

Don't stop me now
I'm having such a good time
I'm having a ball
Don't stop me now
If you wanna have a good time
Just give me a call
Don't stop me now
'cause I'm having a good time
Don't stop me now
Yes I'm having a good time
I don't wanna stop at all

I'm a rocket ship on my way to Mars
On a collision course
I am a satellite
I'm out of control
I'm a sex machine ready to reload
Like an atom bomb about to oh oh oh oh oh explode
I'm burning through the sky yeah
Two hundred degrees that's why they call me Mr. Fahrenheit
I'm travelling at the speed of light
I wanna make a supersonic woman of you

Don't stop me don't stop me, don't stop me hey hey hey!
Don't stop me don't stop me ooh ooh ooh (I like it)
Don't stop me don't stop me
Have a good time good time
Don't stop me don't stop me
ohhhhhhh!

oh
I'm burning through the sky yeah
Two hundred degrees that's why they call me Mr. Fahrenheit
I'm travelling at the speed of light
I wanna make a supersonic man out of you

Don't stop me now
I'm having such a good time
I'm having a ball
Don't stop me now
If you wanna have a good time
Just give me a call
Don't stop me now
'cause I'm having a good time
Don't stop me now
Yes I'm having a good time
I don't wanna stop at all

Queen
Don't Stop Me Now

Obrigado Tó e Tu por terem aturado sempre a minha energia logo de manhã e por terem vivido comigo tão intensamente cada momento desde o momento em que abríamos os olhos. Obrigado pelos disparates saudáveis que não parámos de fazer durante as férias, pela animação constante e também pelos momentos mais calmos e contemplativos.
Obrigado pela vossa amizade que me faz cada vez mais feliz! Obrigado eu pelas férias!

[Não me parem agora! Eu estou a viver momentos inesquecíveis de sorrisos profundos!]

quinta-feira, agosto 11, 2005















“Diz a lenda que, um dia, um Velho e experiente caçador de baleias partiu para a sua última caçada. Mas, nessa vez, o Velho saía para arpoar um enorme cachalote que era costume avistar-se ao largo da ilha do Faial. Ao fim de vários dias, finalmente, o duelo aconteceu. A luta foi terrível e nenhum ser vivo poderia adivinhar quem iria vencer… Ninguém sabe ao certo quanto tempo durou a disputa. Mas conta-se que o mar acabou por envolver os dois contendores, já desfalecidos.”

Peter Café Sport

Hoje, no mar dos Açores, já não existem caçadores de baleias, mas todos os dias continuam a sair barcos para o mar. Os arpões foram substituídos por câmaras de filmar e por máquinas fotográficas e continua assim a celebrar-se algo fascinante: o encontro entre o Homem, a Baleia e o Mar… Hoje, um encontro mais respeitoso e contemplativo. Não um duelo, mas uma passividade e um sentimento enorme de grandeza, de admiração e de fascínio, enquanto as observamos a descansar e a respirar calmamente, ao lado delas, até ao próximo mergulho. Nesse momento, despedem-se de nós com o melhor presente que nos podiam dar. Um cumprimento, talvez uma adeus terno, quando devagar nos mostram as suas enormes caudas que acabam por desaparecer no mar.
E foi para terminar assim em grande que no último dia antes da Joaninha partir, fomos ver baleias. Pensávamos que íamos de manhã e levantamo-nos às 7h mesmo depois da noitada que tínhamos acabado de finalizar. Estávamos meio ensonados, talvez ainda um pouco tontos, mas a vontade de sair para o mar era mais forte. Por acaso, e talvez por sorte nossa, ainda não tinham avistado baleias nas vigias, pelo que decidimos alterar os planos e sair para vê-las apenas ao fim do dia, às 5 da tarde. Íamos ver baleias, golfinhos e o pôr-do-sol para o mar! E assim foi… E foi tudo tão espectacular. Foi tudo tão grandioso e tão perfeito... Nunca tinha visto tantos cachalotes juntos. Nem sei ao certo quantos vimos ao todo. Uns 10? Talvez apenas 8… Não me lembro. Só me lembro do nosso entusiasmo contagiante, de ouvir o som das suas respirações fortes, dos repuxos que fazem ao expirar, dos seus movimentos suaves e da imagem do corpo deles a deslizar na água antes de mergulharem. Tenho tanta pena que não se possa mergulhar… Tivemos também com golfinhos pintadinhos bem perto do barco. E quando a excitação começou a passar e começamos a ficar mais contemplativos, começou também o sol a pôr-se… Estávamos a sul da ilha do Pico e conseguíamos ver todo seu topo limpo. O sol escondia-se por detrás das montanhas e a lua aparecia à nossa esquerda. O céu foi mudando mais uma vez de cores e encontramos mais um cachalote adulto e uma cria que nos disseram que estava a mamar. Eu estava sentado no flutuador do semi-rígido com um pé dentro de água que estava a uma temperatura espectacular. As cagarras sobrevoavam a superfície do mar que se reflectia nas suas barrigas brancas e as estrelas começavam a ver-se no céu. E assim ficámos deliciados com tanta beleza junto das baleias enquanto o dia terminava. Foi talvez o pôr-do-sol mais bonito que vi. Pela magia do momento, pelo local, pela companhia…
Quando já estava completamente de noite retomamos a viagem ainda longa de volta para o Faial. Deixamos as baleias na sua paz e fomos acompanhados pelas cagarras que numa grande parte do percurso ainda foram voando ao nosso lado. Vim a maior parte do tempo a cantar, embora ninguém tenha ouvido por causa do barulho do barco e do vento que nos batia de frente na cara. Vim a agradecer toda esta grandeza da Natureza e por mais esta oportunidade… Quando chegamos já eram cerca de 10:30 da noite. Tínhamos toda a família à espera para jantar um bacalhau e uma lasanha que estavam divinais. Não nos despachamos a tempo de ir ver o concerto dos The Gift, mas ainda fomos sair. Primeiro para os finalistas e depois para a discoteca. Foi mais uma noite completamente ganha. Foi tudo em grande como o mar e as baleias…

quarta-feira, agosto 10, 2005















E as férias continuam. Continua o divertimento e a boa disposição que tapam o cansaço que já vamos sentindo. Cada vez me custa mais ficar à noite a escrever depois das últimas conversas e enquanto eles começam a dormir. Por mais que goste de o fazer, é mais fácil ficar simplesmente a pensar e a conversar de olhos já fechados, a ouvir uma boa música ou a conter os risos para não acordar o resto do pessoal.
Os últimos dias têm sido dias intensos de sorrisos e de muita amizade que me faz sentir imensamente feliz. As brincadeiras na praia, na piscina do Varadouro, os passeios de barco, as maluquices no terreno à volta de casa, as mangueiradas, os concursos de por uvas na boca, os passeios, as músicas, os jantares, as saídas à noite, os concertos da semana do mar, as discotecas, as curtas horas de sono em que descansamos o corpo uns ao lado dos outros nos colchões de ar mal cheios… De manhã, continuamos a acordar com a luz do sol embora seja talvez um acordar mais demorado. O Pico continua sempre ali à frente. A cada dia, majestoso e único, lindo! Continuamos também a apanhar dias óptimos. É incrível como estamos nos Açores e ainda só apanhámos um dia de chuva, que mesmo assim foi pouca e permitiu-nos ver o início do arco-íris e guardar o fim da tarde para os trabalhos prometidos no terreno da minha tia…
Hoje, depois do jantar, fomos passar o início da noite à praia de Porto Pim. Foi mais um momento verdadeiramente mágico. Ver o reflexo da lua no mar e sentir a areia fresca enquanto conversávamos e sentíamos a aragem que parecia vir com as ondas. Da praia, de onde não nos apetecia sair, seguimos para o super concerto dos Tocá-Rufar que foi uma alegria enorme relembrar e recordar. E no final da noite fomos para a festa dos finalistas. Estávamos tão bem dispostos que parecia que já tínhamos bebido, até que, de repente, deixamos de o estar só por parecer. Foi uma bebedeirazinha excelente, cheia de momentos intensos. E que momentos! Foi lindo! Foi tudo lindo! Ficámos verdadeiramente cheios de super-poderes! LOL Kamehaméeee! Só visto mesmo. Contado ninguém iria acreditar. Foi mais um ponto alto. Muito alto! Mas nem tontos nós caímos. Eu, o Tó, a Joaninha e a minha priminha. Mais uma vez, os quatro. =)

terça-feira, agosto 09, 2005















Hoje fomos a São Jorge. Passamos lá o dia todo. De manhã acordámos cedinho para apanhar a lancha e só regressamos ao Faial já de noite. Nem sequer fomos a casa tomar um banho, porque só deu tempo para comer um bife do Peter antes de começar o concerto desta noite. Era do nosso amigo Marco Paulo e nós não podíamos perder. LOL Foi lindo quando no meio do silêncio imenso que se fez suar no final de uma das músicas, começamos a gritar a altos berros o nome dele. Acho que ficou todo o mundo a olhar para nós. Acabamos por não aguentar muito tempo a ver o concerto, mas a noite também já estava ganha! Estávamos completamente envolvidos nas nossas brincadeiras, praticamente a voar entre os desenhos da marina.
Na nossa viagem a São Jorge chegamos a ver golfinhos várias vezes do barco. Foi muito, muito fixe contemplar todas as paisagens únicas e sossegadas daquela ilha, brincar com as vacas e dar mergulhos nas piscinas naturais.
A cada dia que passa temos mais e mais frases que surgem das nossas brincadeiras e que apontamos para rir e relembrar, mais tarde.
E o que posso dizer mais? Tem sido tudo lindo! O Tó, a Joaninha, a família, cada momento, um por um…

sábado, agosto 06, 2005















Claro que aquele sentimento de insegurança com que estava passou de imediato. São sentimentos aos quais não podemos dar muitos créditos e que temos de lutar para deixar. E para isso não há nada melhor do que falar sobre eles abertamente. Foi o que eu fiz na manhã seguinte. E lá voltei eu a ficar inteiramente receptivo a todos os momentos tão bons e especiais, de aventuras, de animação e, de vez em quando, de descanso e recordações…
Hoje fomos a um dos meus locais preferidos. Dos locais mais bonitos que conheço, onde me sinto livre de qualquer peso e completamente receptivo e aberto, principalmente em oração. Esse local é o vulcão dos Capelinhos, o pedaço de chão mais recente de Portugal. Uma elevação fantástica de terra para fora de água que resultou duma erupção que foi fotografada aereamente pelo meu avô. Um espaço aberto enorme, íngreme, com locais mais seguros e outros completamente escarpados. Lá em baixo vê-se o mar; ouve-se o barulho da água e das aves marinhas e o único limite do olhar é o horizonte que começa lá longe onde acaba o azul do mar. Quando olhamos para trás e verificamos todo o caminho já feito na subida, reparamos num contraste magnífico de cores que nunca vi em mais lado nenhum. Vemos uma montanha completamente vermelha à nossa esquerda, outra completamente preta à direita e lá ao fundo, um castanho claro contrasta com o verde intenso da vegetação dos montes da cordilheira e com o azul, o azul do mar.
Desta vez subimos o vulcão para ir ver o pôr-do-sol. No ponto mais alto, o meu preferido, assistimos a algo que nunca tinha visto ali. Via-se sair um fumo quente do chão por buracos e por fendas. O sol estava quase a pôr-se por detrás das nuvens que se mantinham longe no horizonte. Sentamo-nos a conversar naquela língua de terra rodeada por precipícios onde mais uma vez voltei a permanecer tranquilo, mas com respeito. E o céu foi ficando de todas as cores. Do rosa, ao laranja, ao amarelo. Diversos raios do sol poente espalhavam-se por entre as nuvens dando ao céu um ar riscado de cores vivas que contrastavam também com as das montanhas. O Tó andava entretido a tapar com pedras uma das grandes fendas por onde saia fumo. Parecia que o fumo se notava cada vez mais. A minha prima Catarina, dizia que estava farta de estar a ver o pôr-do-sol e que ele estava a ir-se embora muito devagar, e eu, a Joaninha e o meu pai, estávamos mais calmos e contemplativos a tentar saborear cada pormenor. Ao escurecer ainda ouvimos um pouco o meu pai a cantar algumas músicas que gosto de recordar. Poemas que nos ajudaram a saborear o momento.
Quando começamos a descer era já escuro, estávamos todos animados. Começamos juntos a caminhar com o foco da lanterna a apontar para as cinzas do chão onde íamos derrapando. Mas o momento requeria mais liberdade e leveza. Assim, apeteceu-me deixar-me levar e comecei a correr de braços abertos pelo caminho já marcado no chão. A descida era inclinada e cada passo dado era uma incerteza, mas soube muitíssimo bem. Foi lindo. Atrás de mim vinha o Tó na mesma correria. O vento batia da cara, já fresco. É tudo tão mágico. Deve ser tão lamechas assim descrito… De seguida as brincadeiras continuaram, claro. Foi mais um fim de dia especial. Mais um ponto alto das nossas férias que quero relembrar, sempre!

quinta-feira, agosto 04, 2005



















E porque também faz parte, foi também no meio de tantos sentimentos bons que me senti mais pensativo pela primeira vez nestas férias… Por mais que tudo tenha sido perfeito [eu sinto que o foi], por vezes penso demais e houve um sentimento forte que me acompanhou no final do segundo dia e que me entristeceu um pouco... Que me fez ter medo e sentir como se não tivesse mais chão debaixo dos pés… Sei que são apenas coisas minhas. São medos que, na realidade, acredito que não têm sentido, que não deveriam existir e que não são justificáveis… Mas, por vezes, por fragilidade, perturba-me pensar que tanta coisa boa como a que temos vivido na nossa amizade, possa vir a ser apenas uma experiência repentina, passageira e fugaz que num amanhã possa estar mais esquecida ou perdida... Dissolvida… Sei que não tenho de pensar nisso e que o que verdadeiramente importa é a intensidade com que vivemos juntos o nosso dia-a-dia, mas por mais que dê de mim, sinto por vezes o receio de que não seja suficiente para manter as amizades e para alimenta-las para sempre, ou mesmo receio de, ingenuamente, lhes dar de mais, mas não aquilo de que elas precisam… Tenho este medo especialmente porque, pelo menos na minha cabeça, me aconteceram recentemente situações que descrevo assim… Esta insegurança de que falo, surge depois quando não recebo de imediato o feedback que espero inicialmente em cada situação vivida ou quando não os consigo interpretar. É difícil avaliar os feedbacks. É difícil compreender o que está por trás de cada palavra mandada ao ar, de saber se há também algo que não esteja bem com as pessoas amigas quando o que fazem ou dizem não é o que esperamos… Sei que parece tonto, mas em determinadas alturas, mesmo sem querer, dou comigo a pensar se sou de facto importante para as pessoas de que gosto, ou se sou apenas só mais um tipo porreiro… E nessas alturas, mesmo que eu tenha algo a dizer-me que elas gostam de mim da mesma forma de que eu gosto delas, fico assim, sem saber bem o que fazer, sem rir e sem chorar, sem aceitar ou perceber bem a efemeridade que podem ter por vezes os sentimentos que eu desejo eternos…














Parece quase repetição. Mas eu sinto-o assim de uma forma tão certa e reconfortante. Os últimos dois dias foram cheios de momentos absolutamente únicos e surpreendentes. Quarta-feira de manhã decidimos que era o dia perfeito para subirmos o Pico, a montanha mais alta de Portugal. E assim foi. Depois das compras essenciais no supermercado, das mochilas preparadas e dos bilhetes da lancha para o Pico comprados, lá partimos nós para uma nova experiência que foi uma verdadeira aventura. Não tenho mesmo palavras para explicar tudo o que senti. Foi tudo tão bom e tão perfeito. Foi tão especial… Com tanta beleza e tantas sensações que eu a toda a hora pensava que nunca iria conseguir descrever... O contraste das cores quentes e intensas da montanha, a extensão de nuvens brancas todas dispostas em camadas, os cheiros da vegetação e do nevoeiro, a natureza selvagem da ilha, o pôr-do-sol que vimos enquanto caminhávamos… Foram muitos momentos que conseguimos captar utilizando as nossas máquinas digitais e, acima de tudo, muitos momentos que certamente ficarão para sempre marcados na nossa memória. Adorei cada bocadinho, cada fotografia, cada paragem, cada passo dado às escuras na altura que chegamos ao cume já à luz das lanternas. Adorei ter dormido ao ar livre, à luz das estrelas. Adorei cada disparate que fizemos para nos divertirmos e nos aquecermos enquanto estávamos todos deitados de barriga para cima a ver dezenas de estrelas cadentes… Éramos nós e um mundo enorme à nossa frente. Uma quantidade infindável de pontos luminosos que preenchem cada bocadinho de céu e que nos fazem sentir pequeninos entre a imensidão do universo, mas que parece que conseguimos tocar e atingir juntos na nossa amizade, companheirismo e boa disposição. Eu, o Tó, a Joaninha, a minha priminha Catarina, que eu adorei que tivesse subido ao Pico connosco com a sua energia e simplicidade, e as borboletas que nos rodeavam por todo o lado. Foram mais grandes momentos inesquecíveis de sorrisos profundos! E que sorrisos!

terça-feira, agosto 02, 2005



















Hoje tivemos um maravilhoso dia de praia com muito volei, muitos mergulhos e muito sol. Já estava com saudades de me encontrar com o mundo diferente do fundo do mar, onde somos nós os mais desfavorecidos, perdidos entre a diversidade de peixes e no azul imenso que nos rodeia. Por vezes, sobre as rochas, tento acompanhar em cada mergulho os seus contornos com o corpo enquanto consigo suster a respiração; outras vezes, sobre a areia imensa que se estende, observo o padrão de pequenos altos e baixos repetidos em que encontramos inúmeros linguados camuflados. Gostei de voltar a brincar com ouriços-do-mar, de voltar a tentar fazer que os cardumes fossem para o sítio que eu queria acompanhando-os de lado. E é tão bom quando revivemos cada uma destas experiências com novos sorrisos que nos fazem a cada vez vê-las com outras cores…
Adorei também a nossa noite. Adoro ficar sentado na marina a ver o reflexo das luzes no mar calmo. De contemplar as estrelas e esperar pela próxima estrela cadente que caía rápido a rasgar o céu. Antes de regressar a casa passámos ainda no Peter onde encontrámos inúmeros estrangeiros todos contentes a ouvir duas portuguesas cantar. À saída ainda recebi uma prenda. Ou melhor, muito mais que uma prenda; uma surpresa, um doce e um brinquedo. O Tó deu-nos um ovo Kinder. No meu saiu-me uma montagem do Obelix vitorioso sobre um monte de romanos. Faz lembrar a força que estes momentos nos dão para mais tarde vencermos juntos qualquer obstáculo que possa surgir e que reprima os nossos valores e os nossos sonhos.
Foram mais momentos inesquecíveis cheios de brincadeiras, risos e sorrisos que vou guardar sempre, juntinho ao que tenho de mais especial.

segunda-feira, agosto 01, 2005















É tudo tão perfeito… Cada foto, cada momento, cada sorriso e cada olhar…
Hoje acordámos bem cedo e o dia foi completo e intenso como são todos aqueles que conseguimos viver nas férias quando estamos cheios de amigos e daquele sentimento de êxtase que nos acompanha e que nos faz permanecer a toda a hora com um sorriso, com uma vontade constante de brincar e de inventar a cada momento novo, novos motivos que nos façam continuar. Foi um daqueles dias em que, ao descrever e ao ver as fotografias que tirámos, pensamos que era impossível conseguir fazer mais, divertir mais e que algo pudesse ter sido melhor. Foi daqueles dias em que chegamos ao fim com um cansaço grande que ao mesmo tempo nos trás uma enorme satisfação.
O que é melhor do que chegar ao fim de um dia de férias bem passado, tomar um banho e cair numa conversa a luz suave? O que há mais perfeito do que poder rever todas as fotos tiradas a ouvir uma boa música e a relembrar tudo o que foi vivido, já com os olhos cansados? O que há mais perfeito do que sentir que se viveu um dia intensamente e em toda a sua plenitude?
Neste momento estou sentado no chão a escrever no meu portátil que ilumina levemente a sala onde durmo com o Tó e com a Joaninha. Só eu estou acordado; talvez a tentar prolongar os dias que eu não quero que acabem. Gosto de os ver aqui a descansar. Relembro a nossa longa descida à caldeira, a maravilha das paisagens dos sítios que visitámos, o cansaço na subida, as bebidas que necessitámos para matar a sede com que estávamos, as conversas com os senhores das vigias das baleias, o vulcão dos Capelinhos, o mergulho falhado no porto Comprido, os muitos mergulhos conseguidos na piscina natural do Varadouro, os passeios nas rochas, os frangos no Frank, os sítios a que fomos para contemplar as estrelas que parece que não acabam e para ouvir as cagaras a cantar das sua forma estranha e bizarra… Relembro tudo, neste conforto, da amizade e do carinho que sinto.
Estou a ouvir música e a ver lá fora as luzes da Madalena do Pico a cintilar. É sinal que amanhã o tempo vai estar novamente fabuloso. Sei que vou dormir pouco, mas já estou ansioso para ver mais uma vez o sol a entrar pela janela e beleza indescritível do Pico que nos acorda a cada manhã…