quinta-feira, agosto 04, 2005



















E porque também faz parte, foi também no meio de tantos sentimentos bons que me senti mais pensativo pela primeira vez nestas férias… Por mais que tudo tenha sido perfeito [eu sinto que o foi], por vezes penso demais e houve um sentimento forte que me acompanhou no final do segundo dia e que me entristeceu um pouco... Que me fez ter medo e sentir como se não tivesse mais chão debaixo dos pés… Sei que são apenas coisas minhas. São medos que, na realidade, acredito que não têm sentido, que não deveriam existir e que não são justificáveis… Mas, por vezes, por fragilidade, perturba-me pensar que tanta coisa boa como a que temos vivido na nossa amizade, possa vir a ser apenas uma experiência repentina, passageira e fugaz que num amanhã possa estar mais esquecida ou perdida... Dissolvida… Sei que não tenho de pensar nisso e que o que verdadeiramente importa é a intensidade com que vivemos juntos o nosso dia-a-dia, mas por mais que dê de mim, sinto por vezes o receio de que não seja suficiente para manter as amizades e para alimenta-las para sempre, ou mesmo receio de, ingenuamente, lhes dar de mais, mas não aquilo de que elas precisam… Tenho este medo especialmente porque, pelo menos na minha cabeça, me aconteceram recentemente situações que descrevo assim… Esta insegurança de que falo, surge depois quando não recebo de imediato o feedback que espero inicialmente em cada situação vivida ou quando não os consigo interpretar. É difícil avaliar os feedbacks. É difícil compreender o que está por trás de cada palavra mandada ao ar, de saber se há também algo que não esteja bem com as pessoas amigas quando o que fazem ou dizem não é o que esperamos… Sei que parece tonto, mas em determinadas alturas, mesmo sem querer, dou comigo a pensar se sou de facto importante para as pessoas de que gosto, ou se sou apenas só mais um tipo porreiro… E nessas alturas, mesmo que eu tenha algo a dizer-me que elas gostam de mim da mesma forma de que eu gosto delas, fico assim, sem saber bem o que fazer, sem rir e sem chorar, sem aceitar ou perceber bem a efemeridade que podem ter por vezes os sentimentos que eu desejo eternos…

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Tontinho lindo:
Também eu ontem fui assaltada por este tipo de feelings... eu que achei uma "tonteria"...
Acho que somos muito novos e muito velhos para achar que as coisas são eternas, mas tornamo-nos velhíssimos se nos lamentarmos pela efemeridade das coisas...
A nossa amizade é para sempre, tá?
Deixas?
GMT 4ever! Estás aqui, e és daqui! (eheh, tu sabes os gestos!).
Bj

1:22 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home