Momentos Inesquecíveis de Sorrisos Profundos

E é depois de tantos e tantos momentos inesquecíveis de sorrisos profundos que partilho com tanto amor e dedicação aqui convosco, neste fundo azul, que surge agora o post em que mais pensei antes de escrever. É aquele que mais ponderei e, possivelmente, aquele que mais responsabilidade me traz. Um post que desde que criei este nosso blog, sempre soube que iria escrever e que ando a adiar faz já dois meses.
Um post que tenho adiado por resistência, porque marca uma nova etapa e uma mudança, porque marca o início de novos projectos e uma pausa de algo que é, talvez, o que até hoje me deu mais frutos construir e o que de melhor eu já fiz também por mim. Algo que me fez crescer, algo que me fez partilhar o que sou e o que penso, ao mesmo tempo que me fez redescobrir-me de tantas formas distintas. Algo que tem aproximadamente um ano e dois meses.
Olho para trás e vejo-o como mais uma etapa cheia de momentos inesquecíveis que me faz esboçar mais um grande e profundo sorriso. O sorriso que sinto em mim quando releio aleatoriamente vários dos posts que escrevi e tantos dos vossos comentários, e enquanto relembro tantas brincadeiras, aventuras, partilhas, risos, disparates, pensamentos, confusões, sentimentos e trocas que me fazem sentir tão completo. Fazem-me sentir que, mais um ano passou, mas não um ano qualquer. Um ano especial e grande que, acima de tudo, me abriu e elucidou. Um ano em que realizei tantos pequenos sonhos, em que me permiti gostar mais de mim e em que me deixei ser mais amado. O ano em que mais amei e em que mais o demonstrei. Um ano que nunca irei esquecer e que, de tantas formas, ficará perpetuado nas minhas lembranças também pelas palavras com que o fui descrevendo com a vossa ajuda.
Hoje, depois dos 262 posts que escrevi, das inúmeras fotos que vos mostrei e das imensas montagens de fotografias que fiz e que me fazem sentir a pessoa mais feliz do mundo quando as revejo, termina com este post a actualização quase que diária desde nosso blog. Como disse, uma nova etapa, uma mudança, o espaço para novos projectos, uma pausa, mas nunca um fim. Uma decisão que me custa tomar e que me deixa o coração a bater forte sempre que nela penso, mas que, ao mesmo tempo, me conforta pela segurança que tenho de que é certa e necessária.
Confesso que nunca pensei que este blog me fosse dizer tanto e tomar as proporções que tomou na altura em que o comecei a escrever. Relembro-me que foram dois amigos que me convenceram a partilhar todas aquelas coisas que vivia e que me faziam andar dia-a-dia, constantemente, com um sorriso rasgado na cara e que me faz ver tudo sempre pelo seu lado bom e simples. No fundo, um pouco da forma como olho o mundo, um pouco da minha energia e da simplicidade e beleza com que acredito que a maioria das coisas deve ser olhada. Decidi então partilhar algumas das minhas fotos preferidas que procuro tirar sempre que posso para me ajudarem a relembrar os momentos que mais se tornam especiais e os amigos que os recheiam, e tentei, ousadamente, começar a escrever todos os dias alguma coisa. Curiosamente, algo que nunca me tinha permitido fazer. Sabia somente que, quando me deixava encontrar mais comigo entre as paredes do meu quarto ao som de uma boa musica, sentado na secretária ou deitado no chão, conseguia escrever umas fitas bonitas de fim de curso que os meus amigos costumavam gostar.
Aos poucos, deixei-me libertar e fui falando sempre mais abertamente, com o poder que nos dá ser autores de um texto. E foi aos poucos, texto a texto, que me comecei a sentir bem a faze-lo e comecei a sentir que me entendiam as pessoas que me liam. Os meus pequenos excertos, as minhas pequenas partilhas, das quais ia ouvindo comentários que me faziam sorrir, começaram assim a transformar-se em pequenas mensagens e a chegar cada vez mais longe.
Foi rara a vez que falei com alguém do conteúdo dos meus posts depois de os escrever. É engraçado, mas fragiliza-me fazê-lo. Entendo-os como se fossem o espaço que têm para lerem um pouco dos meus pensamentos e gosto de saber que os lêem e que entendem o seu significado, mas prefiro que tudo permaneça num sorriso profundo ou num comentário rápido feito antes de um desvio de olhares discreto. Prefiro que no contacto dos nossos dias não seja tema de conversa e, muito menos, motivo anunciado de orgulho em mim. Foi por isso que também nunca avisei que tinha escrito um post, foi por isso que sempre gostei do carácter imprevisível que lhes dei. E foram tantos os momentos que se marcaram também de sorrisos profundos, que não cheguei a partilhar ou a publicar, mas que ficam da mesma forma guardados no coração.
Hoje, sei que tantos de vocês, pelo menos uma vez, sorriram comigo mesmo sem aparecerem nas fotos que gosto de partilhar. Tantos foram aqueles que fiquei a saber que já tinham lido um texto meu, mesmo sem os conhecer. Tantos foram os amigos que se tornaram ainda mais especiais por saber que me acompanharam sempre e pela força que me deram sempre para continuar, com as suas palavras e os seus gestos. E é tudo isto que torna este nosso blog tão, tão especial.
No entanto, tal como foi importante a ousadia de o começar, assim como a de o continuar no ritmo com que o fiz e com a extensão de texto que, de certa forma, vos convidava tão periodicamente a ler, é importante a ousadia de o deixar de actualizar. Porque a mensagem que com ele podia transmitir foi tão bem passada, porque acredito que já fez tanta gente sorrir e que irá continua-la sempre, porque sei que já tornou o mundo de pelo menos algumas pessoas um pouco mais azul. Continua-lo no formato que tem e que não penso em mudar, seria repetir-me, seria banalizar e trivializar. Será melhor manter tão bonita a mensagem boa que já passou e que é, tal como tantas outras pequenas mensagens, intemporal e constante.
O blog manter-se-á sempre aqui à distância de um pequeno clique e com a mesma cor azul. Os sonhos continuaram para sempre, assim como a importância dos pequenos gestos e a urgência de um mundo mais sensível onde todos se respeitem mais e se procurem entender melhor. Este nosso espaço só irá terminar no dia em que os sonhos que o criaram terminarem também ao serem esquecidos, no dia em que deixar de ser lido, visitado ou comentado, o que, por mim, nunca irá acontecer.
Sinto que já passei tanta da forma como olho para o mundo em meu redor. Contenta-me reparar, tantas vezes, que aprendo mais ao reler o que escrevi. É tão frequente sentir que nunca o conseguiria reescrever com a mesma intensidade. Sei que vou sentir tantas saudades também. Sei que vou estranhar chegar tantas vezes a casa ao fim do dia e não ocupar as últimas horas antes de me deitar a escrever. Tenho medo de deixar de descobrir o que o silêncio me traz, de perder o que este nosso blog me oferece, que me sintam mais distante e menos importante nos vossos dias, ou de não conseguir passar-vos o que sinto e que vos expresso através do blog sem ser a escrever. Mas isso faz também parte da nova etapa e da mudança, faz parte da certeza com que escrevo este post e com que escrevi todos os anteriores e tem de dar lugar a tantos outros projectos que quero abraçar.
Gostava de agradecer a todos por este nosso espaço. A todos! Aos pais, à mana, aos avós, aos tios, aos primos, aos Nós, aos amigos de sempre e aos novos amigos, aos amigos que ficarão para sempre. A todos os que me deram sempre tanta força e que me acompanham todos os dias de tão perto. Por tudo o que o blog significa e que continuará a significar e que é tanto, tanto, tanto. Sinto-me a pessoa mais feliz do mundo porque vos tenho comigo.
E nunca se esqueçam! Está na mão de cada um de nós, com os nossos pequenos gestos, tornar os nossos dias repletos de momentos inesquecíveis. Todos os dias de todos os anos. São esses momentos que nos ajudarão sempre a continuar a sonhar e a acreditar nos nossos valores e são eles que nos fazem esboçar sorrisos profundos. É com eles que se torna mais saboroso aproveitar com quem nos rodeia a vida que Deus nos deu, é com eles que nos podemos tornar cada vez mais felizes e tornar mais feliz quem nos rodeia. Entre a beleza que cada pessoa tem, entre a beleza da Natureza, entre a magia deste mundo, é só fazer “Pay It Forward”.
Tenho a certeza que o meu mundo azul cresceu e tenho a certeza que cada um de vocês irá comigo continua-lo. Aceitam-no? É um projecto que temos juntos. Um projecto que terá sempre sentido porque, toda a gente sorri na mesma língua…

[Um grande, grande Sorriso a todos e um bom Carnaval! Quem sabe, um dia, eu não volto a criar um novo blog... =)]

Momentos inesquecíveis de sorrisos profundos, como sabem, é uma expressão que não me sai da cabeça há mais de um ano. Mais do que uma mera soma de palavras, é um título dum projecto que me completa e, mais do que isso, um lema de vida que pretendo continuar sempre a seguir. É um conforto e uma alegria enorme sentir como estes momentos se repetem sempre que o permitimos e sempre que nos entregamos à vida com a simplicidade e o empenho que ela merece. É incrível como estes momentos se espalham pelas pessoas que nos rodeiam se os partilharmos. Tal como em 2005, este novo ano tem sido também recheado destes momentos que me fazem não parar de sorrir nem de sonhar. A par das dúvidas, dos sentimentos que me confundem e dos momentos em que estou mais pensativo e introspectivo, são eles que me dão sempre força para continuar. E hoje, como forma de agradecimento e de partilha, coloco esta montagem de 100 fotos que representam alguns dos meus sorrisos profundos deste ano e que, por ter querido falar-vos nos últimos posts de pequenos gestos que considero importantes, acabei por não partilhar convosco tão pormenorizadamente como de costume. São momentos que se repetem sempre que estamos com os nossos amigos e sempre que deixamos também o nosso coração sorrir. Momentos que só terminam se deixarmos de sonhar e que por isso, para além do tempo, iram sempre continuar. Momentos que nunca terminarão de originar sorrisos, lembranças, cumplicidades, fotografias e um mundo cada vez mais azul. Não se esqueçam, nunca, de sorrir! =)

Depois de algum tempo…

... descobres que a vida pode ser inteiramente vivida como uma soma de momentos inesquecíveis de sorrisos profundos sempre que acreditas e sempre que te entregas!

"Depois de algum tempo aprendes a diferença entre dar a mão e acorrentar a alma. Aprendes que amar não significa apoiar-se e que companhia não significa segurança. Começas a aceitar as tuas derrotas de cabeça erguida e olhos adiante com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. Aprendes a construir todas as tuas estradas hoje, porque o terreno de amanhã é incerto demais para os planos e o futuro tem o costume de cair em vão.
Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se ficares exposto por muito tempo e aprendes que não importa o quanto te importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te e de vez em quando tu precisarás de perdoar-lhe por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se levam anos para se construir a confiança e apenas alguns segundos para a destruir, e que podes fazer coisas num instante das quais te arrependerás pelo resto da vida. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebes que tu e o teu amigo podem fazer qualquer coisa ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida são levadas para longe de ti muito depressa, por isso devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que as vemos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós e que somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não nos devemos comparar com os outros, mas com o melhor que podemos ser.
Descobres que demora muito tempo a ser a pessoa que se quer ser e que o tempo é curto... Aprendes que não importa onde já chegaste, mas para onde vais, mas se não sabes para onde vais, qualquer lugar serve. Aprendes que ou tu controlas os teus actos ou eles te controlam a ti, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja a situação, existem sempre os dois lados. Aprendes que a paciência requer muita prática.
Descobres que, algumas vezes, a pessoa que esperas que te chute é uma das poucas que te ajudam a levantar. Aprendes que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências e com o que tu aprendes com elas. Aprendes que há mais em ti dos teus pais do que tu supunhas.
Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que os sonhos são parvoíce, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobres que só porque uma pessoa não te ama da forma como tu queres que ame, não significa que esse alguém não te ame com tudo o que pode, pois existem pessoas que amam mas, simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens de aprender a perdoar-te a ti próprio. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, tu serás em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes.
Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma em vez de esperares que alguém te traga as flores.
E aprendes que realmente podes suportar... que realmente és forte e que podes ir mais longe depois de pensares que não podes mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida!"

William Shakespeare

Por vezes encontro textos, como este, que me inspiram de uma forma particular. Textos que me fazem dizer que gosto de ler coisas soltas, fragmentos de pensamentos, pedaços de sonhos. Pequenos textos que se podem ler repetidas vezes e que de cada uma nos trazem um novo ensinamento. Textos que podemos guardar numa caixinha onde sabemos que os podemos sempre encontrar, ou que podemos passar à mão no nosso caderno de notas. Textos que podemos trazer sempre connosco na cardeira para dar a conhecer aos nossos amigos em qualquer momento estejam a precisar ou somente para os fazer pensar. Excertos que gosto de sentir que se juntam aos meus, pelos sonhos, pelas mensagens, pelo sentido que dão à vida e ao amor.
Sorrisos!

Grandes Abraços

É através dos nossos pequenos gestos que conseguimos dar grandes abraços. Grandes abraços à vida, grandes abraços a causas, grandes abraços aos nossos amigos e a quem nos rodeia. Abraços que nos orientam, que nos tornam diferentes e únicos, e nos fazem fazer a diferença. Abraços que podemos dar quando amamos.

“Esta é, sem dúvida, a maior riqueza: a alegria de um coração que ama.”

Abraços que nos dão força e nos ajudam a rechear a vida de momentos inesquecíveis de sorrisos profundos. =)

[A melhor coisa do mundo é só uma: Amar, Sorrir, Conviver e Saborear. =) E para alguns Namorar... =P]

Don’t Give Up

Faz já alguns meses que um grande amigo meu me enviou por mail um link que me tocou e que decidi logo que havia de colocar neste nosso blog por ter também a profundidade dos sorrisos que procuro partilhar com vocês. Tocou-me por apresentar um projecto a que não fico indiferente e que penso que merece ser divulgado. Tocou-me por me ter permitido ver fotografias que dão sempre tanto que pensar. Tocou-me pela letra da música que me deu a conhecer e que, hoje em dia, canto também, sempre que a ouço na rádio a tocar.
"Kip A Child Alive", é o nome desse sonho. Um sonho que fala da união de diferentes países, que fala de pessoas iguais a nós, mas que nasceram com uma sorte diferente, que fala de um esforço que é necessário para continuar a manter junto de nós tantos sorrisos que são sinceros na sua simplicidade, mas também tão frágeis.
É estranho pensar que a vida de tantos iguais a nós possa ser tão banalizada. É estranho pensar que possa para tantos parecer ter tão pouco valor e que possa estar sujeita à nossa boa vontade e a relações internacionais. É tão assustador pensar como a vida de tantas crianças iguais às nossas e iguais às que já fomos um dia, possa simplesmente passar, sem que tenham recebido, pelo menos, um pouco de atenção.
É por isso que a mensagem que este sonho nos transmite é constante e intemporal. É por isso que o há-de continuar a ser enquanto houver crianças sujeitas a condições tão precárias sem a devida protecção. É por isso que penso que esta mensagem é tão importante e essencial.
É importante a nossa sensibilização, é importante relembrar. E foi por isso que nunca me esqueci de vos falar deste mail que recebi. Hoje, pareceu-me o momento apropriado. Parece que surgiu o contexto que, de certa forma, penso que estava à espera. Depois de relembrar pequenos gestos que no meu ver podem mudar as nossas vidas e que lhes dão um verdadeiro motivo e significado, de pequenos feitos mudam o mundo enquanto continuarmos a sonhar e enquanto acreditarmos.
Não vos estou a pedir sequer que contribuam fazendo uma doação. O que eu gostava, é que pensassem, mais uma vez, um pouco nestas vidas, nestas crianças. Só assim podemos crescer sensibilizados e, talvez, tornar possível, num amanhã, que o número de pessoas para quem estas vidas sejam indiferentes, diminua. Uma sensibilização que tem de chegar e tocar, pessoa a pessoa.
Só assim podemos girtar cada vez com mais força e ajudar Africa, com a nossa voz, a não desistir:

"In this proud land we grew up strong
We were wanted all along
I was taught to fight, taught to win
I never thought I could fail

No fight left or so it seems
I am a man whose dreams have all deserted
I've changed my face, I've changed my name
But no one wants you when you lose

Don't give up
'Cos you have friends
Don't give up
You're not beaten yet
Don't give up
I know you can make it good

Though I saw it all around
Never thought I could be affected
Thought that we'd be the last to go
It is so strange the way things turn

Drove the night toward my home
The place that I was born, on the lakeside
As daylight broke, I saw the earth
The trees had burned down to the ground

Don't give up
You still have us
Don't give up
We don't need much of anything
Don't give up
'Cause somewhere there's a place
Where we belong

Rest your head
You worry too much
It's going to be alright
When times get rough
You can fall back on us
Don't give up
Please don't give up

'Got to walk out of here
I can't take anymore
Going to stand on that bridge
Keep my eyes down below
Whatever may come
And whatever may go
That river's flowing
That river's flowing

Moved on to another town
Tried hard to settle down
For every job, so many men
So many men no-one needs

Don't give up
'Cause you have friends
Don't give up
You're not the only one
Don't give up
No reason to be ashamed
Don't give up
You still have us
Don't give up now
We're proud of who you are
Don't give up
You know it's never been easy
Don't give up
'Cause I believe there's the a place
There's a place where we belong"

Peter Gabriel
"Don't Give Up"

Um sonho que é também meu e que, um dia, gostava que me levasse perto destas vidas que adorava poder ajudar com os meus pequenos gestos, às quais gostava de sorrir e com as quais gostava também de tirar fotos para poder, para sempre, relembrar que, neste mundo, a vida só tem sentido enquanto estivermos uns para os outros.
Talvez, o único projecto que me faria deixar tudo em stand by, sem ter de pensar…

[Caso não consigam ver o filme onde nos mostram as fotografias do Kristen Ashburn ao som da música do Peter Gabriel cantada pela Alicia Keys e pelo Bono através do site “Kip A Child Alive”, como já me aconteceu, podem sempre tentar ver AQUI. E não se esqueçam, "Don't Give Up"!]

Pequenos encontros

Neste fim-de-semana que está agora prestes a terminar, tive mais uma vez a oportunidade de reunir tantas das pequenas coisas que mais me fazem sorrir, me inspiram e me preenchem. Passei-o com os meus amigos 3Nós, em Santa Cruz, bem perto do mar. Todos juntos, de manhã à noite, sorrimos, brincámos, passeámos, conversámos, comemos, reflectimos, partilhámos, rezámos. Foi mais um retiro que me marcou e que me fez crescer, e mais um que nunca irei esquecer. Pelos seus momentos inesquecíveis…
Um deles fui eu que tive o prazer de preparar:

“Hoje, nesta noite especial em que estamos mais uma vez juntos, gostava de poder proporcionar um momento um pouco diferente. Gostava de fazer algo diferente daquilo que fazemos mais vezes nos nossos dias, que fuja da sua correria, e que seja calmo e sereno para que possamos pensar um pouco e reflectir.
No dia a dia, andamos todos sempre tão depressa, pensamos todos sempre tão rápido, falamos tantas vezes a atropelar as palavras. Há tanta energia em nós que sentimos necessidade libertar que parece que a toda a hora, minuto a minuto, a queremos deixar extravasar. E sei como é tão bom faze-lo quando estamos todos juntos, assim, acolhidos na nossa cumplicidade. É tão boa a excitação com que ficamos ao sentirmo-nos reunidos mais uma vez, ao reunirmo-nos de novo numa casa acolhedora diferente da habitual. É tão boa a excitação de podermos festejar e festejar repetidas vezes esta vida que Deus nos deu e que vamos conseguindo viver tantas vezes de uma forma tão harmoniosa.
Uma harmonia que devemos deixar acontecer em Nós e que se reforça, sempre que nos permitimos, por momentos, de tempos em tempos, talvez até 15 min por dia, que ela surja enquanto reflectimos, das nossas vivências e dos nossos encontros. E, nestas alturas, torna-se tão bom e tão importante o nosso encontro também com Ele.
Um Ele que foi como nós, que cresceu como nós, que amou como nós. Que trabalhava, que dormia, que descansava, que comia e bebia, que sorria e que chorava. Um Ele tão igual a nós e que, como tu, me tocou fundo no coração. Não pelas brincadeiras e pelas partilhas, pois não as pudemos ter juntos. Não pelas aventuras que vivemos, nem por me ter ajudado com palavras amigas e sinceras nos meus momentos mais difíceis, como tu. Mas porque falou a todos os que se cruzaram com Ele com amor, com respeito, com amizade, com aquela ternura que me comove ver, que é boa de sentir e que nos faz sentir gente com valor e gente igual à gente que nos rodeia.
E foi de certo porque tocou a tantos como a mim, tal como a ti, que eu pude sentir o seu toque também, tanto tempo depois. E ao senti-lo sou mais feliz a cada dia que passa, vejo cor onde tantos vêem a perto e branco, dou valor ao que tantos nem sequer reparam existir. Consigo fazer, como tu, que tantos mais esbocem sorrisos também, que gostem de mim por aquilo que Ele nos ensinou a ser.
No entanto, mesmo sabendo disso, tu e eu, tantas vezes nos esquecemos da Sua presença. Tantas vezes nos esquecemos de pensar no que Ele nos aconselharia a fazer quando tomamos as nossas decisões, tantas vezes podíamos ser melhores do que somos se nos lembrássemos mais, se permitíssemos que Ele fosse em nós uma presença mais constante.
Dizem que é normal que isso assim aconteça, que faz parte da nossa condição. Mas penso que é por isso que, tantas vezes quantas o esquecimento e a distracção tomarem conta de nós, devemos, de novo, voltar a parar um pouco, por momentos, de tempos em tempos, talvez até 15 min por dia, para nos voltarmos a lembrar do conforto que é sentir aquilo que Ele nos diz aos nossos corações, para encontrarmos a nossa harmonia nas palavras d’Ele e com Ele.
É isso que gostava de fazer hoje. Independentemente de tudo. Independentemente dos sorrisos que esboçaste e das lágrimas que deixaste cair. Independentemente de pensares como eu ou não. Proponho-te que penses no que Jesus é para ti, e naquilo que o que Ele nos disse te faz sentir.
No teu refúgio, no silêncio do teu coração onde te podes encontrar também contigo mesmo, como pensas que Ele te tem tocado até hoje? Qual é a importância d’Ele para ti? Quanto é importante para ti seguires os seus passos e como o tens feito?
O meu ideal seria sermos, tu e eu, como Ele…
Não neste ou naquele pormenor que todos julgam mais importante, mas em tudo…”

São pequenos encontros com os amigos, são pequenos encontros com Jesus. São encontros que nos fazem crescer e esboçar sorrisos profundos. São pedaços da presença constante de Deus em Nós. Ele é o meu projecto constante, aquele que nunca me faz parar de sonhar.
Sorrisos!

Pequenas trocas

"Fico tantas vezes comovido com o que recebo como reflexo do blog. E hoje fiquei de novo, e tanto, por ter tido uma prenda tão boa: conhecer-te. Na tua simplicidade e boa disposição, com que me identifico e que aprecio em quem mais gosto. O sorriso que trago comigo é profundo. Foi mais um momento inesquecível. É incrível como nos cruzámos com tantos quilómetros de distância…
Hoje, digo que seria um prazer sermos amigos pelo menos mais 10 anos! =) Beijos!"

Esta foi a mensagem que enviei hoje à noite quando cheguei a casa. Enviei-a a uma amiga que fiz à distância e que surgiu de pequenas trocas, de pequenas partilhas. Uma amiga que surgiu do outro lado do oceano ao ler-me e por me ter tocado também com as suas palavras, com as suas surpresas e com a sua dedicação. Pela forma como se identificou e como me identifiquei, nos sonhos. O motivo de vários sorrisos que cheguei a partilhar com vocês anteriormente.
Uma amiga com quem apenas trocava mensagens, mas que hoje tive finalmente a oportunidade de conhecer. E foi assim que antes da hora do jantar peguei no Tó, na Joaninha e na Maria, e fomos todos encontrar-nos com a Adriana que estava ansiosa à nossa espera. Conversamos como se já nos conhecêssemos bem, sorrimos e rimos muito, e partilhamos aquilo que nos liga, agora apenas com a distância de um olhar. Foi incrível depararmo-nos com alguém que afinal é mesmo tão puro e belo como se fazia mostrar. Foi incrível sentir tão doce uma cumplicidade criada à distância, mas que creceu por partilharmos aquilo que mais sentido dá às nossas vidas e que procuramos ter mais vido em nós.
Adorámos conhecer-te Adriana! Adorámos o jantar, o filme, as brincadeiras, essa cumplicidade e, é claro, as fotos e os PIIIIIIIIIUUUUUUUUUs! São pequenas trocas que nos dão continuidade, que nos trazem amigos e que nos fazem sorrir.
Beijos Drix! E desta vez, até breve! =)

Pequenos símbolos

Ontem, entre os diversos momentos inesquecíveis que rechearam este meu fim-de-semana de tanto significado e de amigos, houve um que se distinguiu pela sua pureza e simplicidade. De manhã, na missa das 10:30 h, os meninos do 2º volume, aos quais eu e o Tó damos catequese, comemoraram sorridentes a festa do perdão. Uma festa que já vínhamos a preparar há algumas semanas e que nos ensina a reconhecer que falhamos tantas vezes nos nossos pensamentos, palavras, actos e omissões. Uma festa que nos ensina a sentir pena de o fazermos e que quando ficamos arrependidos somos perdoados, tal como perdoamos a quem nos tem ofendido. Uma festa que nos ensina a alegria de perdoar e de ser perdoado por voltarmos a sentir-nos tranquilos e serenos connosco e com quem nos é próximo e querido.
Os meninos aprenderam que “haverá grande alegria no céu por um só pecador que se arrepende” [Cf Lc 15,7]. E foi por isso que cada um recebeu o seu diploma, que se vestiram todos de branco e que lavaram as suas mãos como símbolo do perdão dos seus pequenos pecados que entregaram a Jesus escritos em papelinhos.
E foi bom vê-los sorrir, assim como foram bons os sorrisos que nos deixaram, a nós catequistas, aos seus pais e a todos os meus amigos lindos que foram assistir à missa e ajudar, por exemplo, a cantar:

"Perdoa Senhor o nosso dia
A ausência de gestos corajosos,
A fraqueza dos actos consentidos
A vida dos momentos mal amados.

Perdoa o espaço que Te não demos
Perdoa, porque não nos libertámos,
Perdoa, as correntes que pusemos,
Em Ti Senhor, porque não ousámos.

Contudo, faz-nos sentir,
Perdoar é esquecer a antiga guerra
E partindo, recomeçar de novo,
Como o sol, que sempre beija a terra."

São pequenos símbolos que exprimem grandes atitudes, grandes mensagens…

[Pedro pergunta a Jesus: “Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar?”. E Jesus responde-lhe: “Não te digo sete vezes, mas setenta vezes sete” [Mt 18, 21-22]. Vamos ser sempre amigos e dizer sempre a verdade! =)]

Pequenos cliques

Todos os dias de manhã, ao chegar ao trabalho e ao ligar o computador, há pequenos cliques que faço questão de fazer. Pequenas rotinas diárias que eu faço questão de ter. É como dizer os bons dias, como sorrir a um amigo, ou como lavar os dentes antes de dormir. Todos os dias, logo pela manhã, faço 6 cliques em cima dos botões coloridos que juntei hoje e que coloco aqui para vos voltar a mostrar. Todos botões chamativos, todos com frases de partilha e de esperança e, ainda por cima, it’s free! Tal como os sonhos.
Queria perguntar-te se não queres também ter esta mesma pequena rotina comigo. Era da maneira que nos encontrávamos ainda mais vezes!
É só fazeres 7 cliques se começares por este AQUI. It’s free! =)

Today, you and others have generated the value of 107,211 cups of food. Thank you!
Today, you and others who clicked on the "Fund Free Mammograms" button funded 5.8 mammograms for underprivileged women.
Today, you and others have helped 1,095 children with your daily click. Thank you!
Today, you and others have generated the value of 596 books for children in need. Thank you!
Today, you and others have protected the value of 722,782 square feet of land. Thank you!
Today, you and others have generated the value of 67,322 bowls of food. Thank you!

[Depois é só adicionar o site aos vossos favoritos! Os valores que coloquei aumentam de 2 em 2 minutos! Nós clicamos e, por cada um, há mais um homem, uma mulher, uma criança ou um amigo de quatro patas a sorrir! E sorrisos que de certeza, serão profundos…]

Pequenos carinhos

E continuando a falar do que é pequeno, mas que dá sabor à vida, hoje lembrei-me de algo que na minha, felizmente, tem sido tão presente e constante. Pequenos carinhos, que também se recebem e se dão. Ao recebê-los, fazem-nos sentir queridos, fazem-nos sentir ter valor, levantam-nos a auto-estima e enchem-nos para que os possamos devolver e espalhar. Ao dá-los, compreendemos o que é a cumplicidade, o que é a amizade e o que é o amor.
E é também essa cumplicidade, essa amizade e esse amor que hoje me fazem colocar a foto que vos deixo. Uma foto de pequenos carinhos que comecei a receber desde pequeno, que me acompanham até hoje e que tento sempre que posso, da minha forma discreta meia que gritada nos bastidores, retribuir. Uma foto de pequenos carinhos dos avós que nos deixam sorrisos que nos marcam para sempre e que relembramos nos nossos dias, mesmo que sem dar conta, junto dos ensinamentos que nos deixam.
Pequenos carinhos de vidas tantas vezes regidas pelos mesmos valores que defendemos e que, ao contrário das nossas, têm tantas e tantas experiências para contar.
Hoje, é o dia do 76º aniversário da minha avó Adelaide. Uma avó, uma amiga, uma companhia, uma presença certa que me acompanha, que associo ao valor que dá às pequenas lembranças e aos pequenos gestos, e que me lembra sempre, pelas suas histórias, como é importante lutarmos pelos nossos sonhos e objectivos ao longo da nossa vida, mesmo quando às vezes parecem haver tantas barreiras e limitações.
Ao vê-la, como na foto, lembro-me como sorri com as nossas visitas surpresa, com as nossas maluquices e brincadeiras. Lembro-me como participa delas. Lembro-me como dá significado e valor ao que é ser família, como isso a alegra e como o demonstra com o brilho com que fica no olhar, e lembro-me de tantos pequenos carinhos que me fez e que são já parte de mim. Lembro-me da oração que me deu faz tantos anos, que rezo todos os dias desde que aprendi a ler e que já rezei também com os meus meninos da catequese; de tantas palavras que tantas vezes me disse baixinho junto ao ouvido; da minha primeira Bíblia que me deu quando fiz o meu Crisma; dos meninos Jesus que me deu em diferentes Natais e que cresceram dentro de mim, ao mesmo tempo que completam a minha colecção; dos pijamas quentinhos em que me acomodo nas noites frias de Inverno antes de ir dormir; da vieira que me deu há tão pouco tempo para completar o cajado que arranjei com os meus amigos 3Nós, de quem ela também demonstra tantas vezes que gosta, na nossa primeira caminhada até Santiago de Compostela. Lembro-me de tantos, tantos outros pequenos carinhos…
Pequenos carinhos que me acompanham e que me fazem viver, com ela, no coração.
Parabéns Avó por mais este ano e por mais a festa linda que acabámos de ter e de fazer!
É tão bom sentir a mesa cheia de gente, de família, e de sorrisos tão unidos, pueris e sinceros.
É a vontade d’Ele viva em nós.
Beijinhos!

[Quanto à foto, continuo igual, não continuo? =) Lindo! =P]

Pequenos eus

Na grande maioria, acordamos bem cedo pela manhã, arranjamo-nos para sair depois de um banho quente que nos sabe tão bem e enfrentamos o mundo lá fora enquanto planeamos, nos nossos pensamentos, como vamos gerir o que queremos e o que temos de fazer. Vemos os carros apresados à nossa frente e um grupo de pessoas à espera dos autocarros que pretendem apanhar, enquanto outras tantas acabam de começar, já nos empregos, a trabalhar. Na rádio, ouvimos os programas da manhã em que os locutores fazem de tudo para nos fazer soltar gargalhadas matinais e ficamos atentos às notícias do trânsito e à previsão do tempo que não tardam a anunciar. Uns deixam os filhos na escola e outros, no mesmo momento, entram como de costume pela mesma porta automática que faz sentir de novo no local de trabalho todas as manhãs. Ao percorrer os corredores ouvem-se os bons dias, trocam-se sorrisos, até que se chega junto da secretária ou do cacifo, pousa-se a mala e pergunta-se como acabou por ser o final do dia anterior àquele colega com quem se dividem mais horas e intimidades. A ligar os computadores, a beber o primeiro café do dia, a folhear os jornais diários, a ligar a televisão, a aprontar os primeiros papeis ou a ver a caixa de correio electrónico, pequenos eus, todos diferentes, todos tão iguais…
Pequenos eus cheios de sonhos e com tantos deles individuais, pequenos eus com as suas crenças e os seus valores, pequenos eus com as suas histórias e as suas experiências, as suas alegrias e as suas tristezas. Pequenos eus de fé, de coragem e de esperança, pequenos eus que têm força, que acreditam e que têm o destemor para continuar sempre para a frente. Pequenos eus que são grandes tus para alguns outros pequenos eus, pequenos eus que são pequenos tus para tantos outros pequenos eus. Pequenos eus individuais que se podem tornar pequenos eus colectivos. Pequenos eus colectivos constituídos por pequenos eus individuais que se vêem como grandes tus. Sempre pequenos eus que só podem alimentar a alma com sorrisos, com amor, com carinho, com respeito, com pequenos gestos. As únicas formas possíveis de a nutrir. Pequenos gestos que podem ser recebidos ou ser feitos. Pequenos gestos que, já sabemos, podem fazer a diferença. Pequenos gestos que podemos vir a fazer pelo mundo, pequenos gestos que temos de começar por ter connosco próprios.
E era isso que hoje queria relembrar. Queria relembrar dos pequenos gestos que nós, pequenos eus, não nos devemos esquecer de permitir a nós mesmos. Das vezes que não nos devemos esquecer de rir do que nos acontece, das vezes que nos devemos dar mais valor, das vezes em que não devemos ser tão severos e exigentes connosco, e daquelas todas em que nos devemos permitir ser amados, acarinhados, elogiados e em que nos devemos deixar viver de cabeça aberta e receptivos a todos os sorrisos que vêm ter connosco. Importa querermos também para nós, importa gostarmos do pequeno eu que somos e importa querermos crescer com ele. Como li um dia num texto escrito por Dário Pedroso: “Um pardal nunca poderá ser canário, nem cantar como o canário. O que se lhe pede é que seja um pardal perfeito. Uma pomba nunca voará como uma águia, o que se lhe pede é que se esforce por ser uma pomba perfeita ou o mais perfeita que for capaz”. Só assim, aceitando-nos como pequenos eus, nos podemos sentir pequenos eus mais cheios e vir a ser grandes tus como alguns outros são para nós. Por isso, os nossos pequenos gestos que mudam o mundo, começam com os pequenos gestos que nos enchem de sorrisos profundos e de momentos inesquecíveis que são importantes viver, primeiro que tudo, para que nos possamos depois, abrir e sorrir ao mundo. Sempre.

[Foi por isso que nos últimos dias fomos os quatro a um bar à noite, e depois para a galhofa para o pé da torre de Belém enquanto contemplávamos o rio; foi por isso que fomos os três almoçar fora e ao cinema; foi por isso que fomos os dois ver um espectáculo e conversar num bar, e por isso que fomos os três comer um gelado com chocolate quente. Sorrisos! =)]

E é na sequência do post anterior, por falar nas mensagens que me tocam e que procuro ao longo dos meus dias viver e transmitir, que vos deixo hoje mais um pequeno texto que encontrei, por acaso, enquanto deambulava entre blogs de amigos meus, faz hoje aproximadamente um mês.
Lembro-me que ao lê-lo, identifiquei-me imediatamente. Identifiquei-me com a sua mensagem, com a forma como está escrita, como o sonho que tem a pessoa que o escreveu. E é por esse motivo que quero aproveitar hoje a oportunidade de o partilhar com vocês.
Um texto que também fala de tanto que temos guardado em nós e que está nas nossas mãos. Um texto para quem ousa acreditar, para quem respeita e ama, para quem olha para o mundo como o reflexo daquilo que cada um de nós constrói nele. Porque se apenas o facto de existirmos o altera, está no nosso ser altera-lo da forma mais bonita:

“É tão grande, tão incomensuravelmente grande e complexo, que nos parece impossível mudá-lo. Somos afinal, tão incomensuravelmente pequenos quando nos comparamos com ele que nos custa a acreditar que um mínimo gesto faça a diferença.
Além disso, ele gira sozinho, não foi sempre o que ouvimos dizer? Que o mundo gira imparável, fora de nós e em torno do seu próprio eixo e que nos temos de deixar ir sem oferecer resistência, passando pelas estações como quem está de viagem, seguindo o trilho do tempo, medindo os dias que acabam, contando os dias que faltam, somando experiências.
Pois eu acho que não é assim. Acho que nós e o mundo somos o mesmo, ambos incomensuravelmente grandes, ambos incomensuravelmente pequenos, os dois de viagem pelo universo, pulsando, muito mais do que medindo, na velocidade da luz da nossa existência. Por isso acredito que mudamos o mundo de cada vez que respiramos, mudamos o mundo de cada vez que nos mexemos, mudamos o mundo sempre que olhamos para ele, mudamos o mundo, essencialmente, quando pensamos no que queremos que ele seja.
Mas ainda nos custa, não é? Ainda nos custa a acreditar que o mundo possa efectivamente mudar apenas por decidirmos pensá-lo de outra maneira… Que tal experimentar? Que tal parar de dar voltas e voltas, parar de girar por girar em torno do eixo do mundo e descobrir, em vez disso, o ponto central que nos redimensiona no espaço e no tempo? E de novo seguirmos viagem, agora sabendo que até o mais ínfimo gesto faz a diferença.”

Inês de Barros Baptista

E é ao faze-lo que sorrimos. É ao faze-lo que tornamos cada um dos nossos dias especial e não apenas uma sequência de dias que passam por nós sem sentido, enquanto nos desenrascamos. É essa vontade que grita no coração, que nos inquieta e que nos leva a agir e a viver que, definitivamente, nos redimensiona no espaço e no tempo.
Está em cada um de nós o poder de encher o mundo de pequenas contribuições! =)

Importam-me somente as mensagens...

Meus amigos! Hoje estou particularmente inspirado!
Sinto-me invadido por uma inspiração profunda. Sinto uma vontade insaciável de me sentar na secretária e de escrever sem fim. Escrever sem parar, tudo o que me vai na alma. Deixar transparecer os meus sentimentos em palavras, para que fiquem eternizados e para que possam ser entendidos por todos vocês.
Ou então... não… E isso acontece-me também, por vezes. Há noites, como a de hoje, em que embora tenha vontade e espaço para escrever, não me consigo afastar o suficiente me mim próprio para conseguir perceber se tem sentido o sentido com que o faço. E nessas noites, estendo-me horas à frente do ecrã relendo os meus pequenos excertos no desejo de percebê-lo. Talvez para encontrar a razão que procuro que acompanhe sempre o coração.
Talvez seja perda de tempo, de facto. Talvez seja apenas fruto da necessidade que tenho da forma, para além do conteúdo. Mas talvez também, o que me fez até hoje ter continuado sempre certo com este nosso blog que tantas vezes exige tanto de mim. Quase tanto quanto o que me conforta.
Importam-me somente as mensagens, importa-me transmitir aquilo que sinto tão vivo em mim e que vejo igualmente aceso naqueles que de mais perto me rodeiam. Importa-me que o faça com o cuidado que penso que deve ser feito. E sacia-me, também por isso, quando, como hoje, ouço dizer que para alguém, mesmo que não obtenha nada de concreto no final, já é bom e confortante o facto de estar a escrever, na maneira simples como o faço. Nem que, em vez de um post, escreva apenas mais um dos rascunhos que nunca chego a publicar.
Deixo um muito obrigado!
Sorrisos!

Gente perdida

... Já foram tantas vezes tantas, assim como esta vez. Por vezes as noites reservam-nos surpresas que não esperamos, mesmo que não as estranhemos completamente. Entre conversas, sorrisos e partilhas, chegam, pairam a contemplar-nos e, se permitirmos, cercam-nos e envolvem-nos. Misturam-se com os sonhos, parecem proteger-nos e, por instantes, orientam-nos nos nossos caminhos perdidos.
[...] Uma cumplicidade construída forte e que nos é essencial, mas que confunde. Um abrigo certo para onde queremos tantas vezes voltar, que nos preenche o vazio, mas também um mar onde não sabemos se devemos ou podemos mergulhar...

[Resta esperar, talvez, que o vento nos traga uma resposta. =)]

Hoje, há semelhança do que tantos sentiram, para mim, também acabou por ser um dia especial. Estava sentado a instalar novos programas no meu computador, quando, num telefonema rápido mas bom, a Tu me perguntou se já tinha olhado pela janela. Concentrado como costumo estar quando estou aqui com a minha música, claro que ainda não tinha reparado. Lá fora, onde fazia um frio forte que contrastava com o calor do meu quarto, caía neve apressada e revolta com o vento. O cenário branco e completamente inusual, encheu-me de tranquilidade e de paz. Viam-se crianças saírem à rua encasacadas para brincar, o meu carro começava a ficar branquinho e, lá dentro, depois de lhes ir contar, ouvia os meus pais também todos contentes, nos seus telefonemas, a espalhar o mesmo a todos os que nos são mais especiais, para ouvir as suas vozes e para os sentir sorrir.
Eu fiz o mesmo. E enquanto o fazia e contemplava este novo presente, pensei em tantas coisas… Lembrei-me do meu avô e das nossas conversas sobre as duas vezes já tinha nevado em Lisboa desde que ele nasceu. Lembrei-me dele me contar que nevou em Lisboa no dia que veio ao mundo. Lembrei-me das férias gostosas que já passei na Serra-da-Estrela e de como é bom esquiar. E lembrei-me de uma grande amiga minha também muito especial. Uma amiga com uma sensibilidade que sempre me comove e que, mesmo que esteja há uns tempos um pouco mais afastada que o habitual, eu sabia que havia se andar algures a sorrir e a filmar os flocos de neve que, afinal, também caem neste pedaço de Portugal.
São mais pequenos prazeres da vida…
Tornam-se sorrisos tão profundos…








[Abraço ao Tó que passou por cá, beijinhos à Tu, à Dri, ao avô, a todos!]