Desde sempre, desde miúdo, desde que me lembro de andar pelos recreios da escola a brincar, desde que me começaram a aparecer as primeiras dúvidas e os primeiros medos nas minhas relações com as pessoas e nos amores, na altura em que os descobrimos mas ainda somos crianças, desde sempre, que me lembro de imaginar e de sonhar em como gostava de ter aquele grande Amigo com quem eu pudesse tudo partilhar.
Um daqueles Amigos com quem sabemos que podemos sempre contar, com quem dividimos as nossas felicidades e angústias, em quem pensamos quando estamos tristes e em baixo, mas também quando nos queremos divertir e disparatar. Um daqueles Amigos que sentimos cúmplice mesmo sem ter de falar, que conhecem a nossa família e que estão à vontade em nossa casa, que vão ter connosco nas férias, ou com quem falamos e brincamos enquanto esperamos que os nossos pais acabem de conversar, provavelmente, sobre nós.
Um daqueles Amigos que é normal ser uma presença, com quem é certo virmos a esboçar sempre um sorriso por mais simples que seja o programa combinado ou o tema da conversa, com os quais olhamos para trás e vemos tantas aventuras partilhadas, tantas dificuldades ultrapassadas, tantas histórias que juntos podemos contar.
Um daqueles Amigos que ouve, que fala, que compreende, que sorri, que brinca, que partilha, que conhece as nossas qualidades e os nossos defeitos. A quem contamos tudo o que sentimos nas diferentes etapas dos nossos namoros e enamoramentos tantas vezes atribulados e que percebe quando passa uma rapariga que nos chama a atenção, mas que tentamos disfarçar.
Um daqueles Amigos que conhecem os nossos restantes amigos e que são amigos deles também, que estão connosco tranquilamente, sem maiores exigências, com quem é confortável tanto a distância como a proximidade, embora se sinta à distância saudade boa daquela que não queremos matar.
Um daqueles Amigos com quem devaneamos à força toda e nos distraímos, com quem saímos à noite, apanhamos bebedeiras e fazemos grandes figuras, junto doutros amigos que têm dificuldade em nos aturar.
Um daqueles Amigos com os quais temos listas enormes de momentos inesquecíveis de sorrisos profundos e que sentimos ser o irmão que nunca chegámos a ter.
















Desde sempre, houve vezes que senti que o [ou os] estive quase a encontrar sem que tivesse de procurar. Naturalmente, fui encontrando aqueles amigos que mais se aproximavam dessa amizade que eu sonhava sentir e que são, hoje em dia, amigos certos com que sei que posso contar. Mas, foi neste último ano que passou que eu acho que encontrei realmente essa amizade e eu sabia que era possível encontrar.
E num só ano, foram tantas as brincadeiras, tantas as aventuras, tantas as conversas e tantas as dificuldades que partilhámos e que me fazem senti-lo. Juntamente com outros grandes amigos, as bebedeiras, as noitadas, as frases e expressões que ficam para a história, os retiros, os filmes, os fins-de-tarde depois do trabalho, os passeios aos fins-de-semana, os toques de volei na praia, as férias nos Açores, a caminhada até Santiago, a catequese, os encontros no grupo, as conversas no Messenger, as montagens de fotografias, os finais das missas, as visitas surpresa, as festas de anos, os períodos de trabalho e de estudo, o mar, os golfinhos e as baleias, as músicas, sei lá…
É esta amizade que agradeço tantas vezes a Deus, que hoje festejo também por ser, no fundo, o seu aniversário.
Grande Tó, faz hoje um ano que me tocou teres guardado a pequena vela que te demos quando te cantámos de surpresa os parabéns no Cup&Cino, faz hoje um ano que na missa a Joaninha me perguntava se eu achava que tu ias gostar do texto que ela te escreveu, que foi ler e que até hoje guardas no teu placar, faz hoje um ano que te demos o Kit BMW para o engate, feito com tanta dedicação e tempo… E faz um ano que deixaste de pertencer ao 3Nós por um período experimental!
Faz hoje um ano! Um ano grande, bom e cheio!
Como te escrevi na altura, “Que todos os nossos dias sejam recheados de muita amizade, muito divertimento e muita dedicação. Para que juntos sejamos conduzidos por Ele numa caminhada cheia de momentos de amizade, de companheirismo, de reflexão, de oração, de sorrisos e de brincadeiras que (Nós) queremos partilhar contigo”.
Tens sido para mim, sem dúvida, Aquele Amigo que eu sempre quis ter. E consegues sê-lo para tantos. Tão certo, para sempre!
Fica um grande Abraço de Parabéns Mano maiúco! Tu sabes que és o maior! O maior amigo! =)
Agora eu não sei, é?
PIIIIIIIIIIIUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!

[Mais cinco - estalar os dedos com os polegares juntos - muro de mãos - cruza-las com os dedos indicador e anelar afastados - bater as costas das mãos duas vezes – dar uma passa de ar profunda - arrefecer nas costas com os dedos em forma de nhecus! =P]