quinta-feira, junho 09, 2005

Dias especiais

É verdade Pedro, a frequência com que tenho escrito os posts por vezes tem sido menor. Continuar a entregar-me a tudo o que mais gosto de fazer com a mesma força com que o consegui fazer durante as minhas férias e ao mesmo tempo passar a maior parte dos dias no Instituto, não é tarefa fácil. Já sabia que viriam dias em que ia ter menos tempo para estar aqui sentado a escrever e a ouvir as minhas músicas preferidas. No entanto, os meus sorrisos não têm sido menos profundos, nem os meus momentos menos inesquecíveis. Sabes que adoro o que faço no meu trabalho e que adoro o meu local de trabalho e isso é ainda mais um motivo para sorrir! Ainda por cima quando ao fim do dia eu sei que volto para casa e tenho ainda algo combinado para fazer, como ir encontrar-me com amigos para conversar, para preparar surpresas, para organizar encontros, para festejar aniversários, para ir ao teatro, sei lá... Para partilhar momentos, para dar o sentido da união e da comunhão ao dia de trabalho que chega ao fim… Quase que não tenho estado em casa sem ser para dormir!
No fim-de-semana passado estivemos a vender a nova edição do jornal “O Mundo de Jesus” no final de todas as missas. Foi o último fim-de-semana de catequese deste ano lectivo. Foi fantástico dar um abraço aos miúdos, desejar umas boas férias e saber que em Setembro eles hão-de voltar mais crescidos e que vão esboçar um grande sorriso quando nos virem de novo prontos para aprender imensas coisas novas enquanto brincamos.
No Sábado fomos ver o teatro amador da Mercedes que mais uma vez nos impressionou com a sua entrega às personagens que representa e a sua capacidade fantástica de interpretar. Sem sombra de dúvidas que ela se destacou no meio de todos os outros!
No Domingo fomos também ao Meco. Fui com a minha mana, o António e a Andreia. O dia foi lindo. Foi inesquecível! Foi um daqueles dias que quando chegam ao fim, sentimos que foram perfeitos. Teve amigos, sorrisos, música, praia, mergulhos do mar, volei, cartadas, brincadeiras, gelado, frutas, pôr-do-sol e imensos momentos para relembrar. Imensos daqueles momentos hilariantes que um dia iremos contar em conversas soltas e que nos vão fazer sorrir sempre que deles nos lembrarmos. Pena foi só não termos levado nenhuma máquina digital para ajudar a fixar todas as cores e contornos na nossa memória.
Entretanto ontem e hoje também estive na praia. Ontem porque quando estava a sair do Instituto a minha mana e o António mandaram-me uma mensagem a avisar que iam ter comigo à praia para passarmos o final da tarde descansados e para darmos uns toques de volei. Hoje, porque perto da hora do almoço mandaram-me outra mensagem a dizer que estavam na mesma praia e no mesmo sítio e para eu ir ter com eles quando quisesse ir almoçar. O que eu posso querer mais nestes dias ensolarados que nos sorriem?
Só mesmo se for uma encenação maluca como a que fui ontem à noite! Um teatro, digamos. Algo num formato completamente originar, algo sinistro. Uma peça teatral numa instalação com dois espaços separados por um precipício de 15 metros. Um momento que nos fez pensar quando é que paramos nos nossos dias para partilhar o que somos. Um projecto que surgiu na altura da campanha eleitoral e em que apareceu entre os elementos do grupo a questão da possibilidade de ser honesto num mundo socialmente regularizado e formalizado; do problema do lugar da privacidade e do íntimo numa sociedade muitas vezes concentrada no superficial. Da forma deles tentaram criar um universo onde a comunicação não passasse pelos filtros de estruturas sociais e políticas, ou então, onde esses filtros ganhassem outras formas. Li frases soltas, vi caras, vi expressões, ouvi através de tubos que permitiram uma partilha pessoal numa situação que aparentemente era de isolamento. Foi original. Foi giro. Eu gostei. Gostámos todos!

Deixo muitos sorrisos e abraços!
O sol tem brilhado todos os dias só para nós!
Só nós os podemos tornar ainda mais especiais! =)