Ru-Meu e Julieta
E foi assim que eles se conheceram nesta linda história de amor que ainda se prolonga.Narrador: Passado já algum tempo
O nosso Ru saltimbanco
Conseguiu juntar algum
Dinheiro que pôs no banco.
Um dia já à noitinha
Vinha o Ru mui chateado
De volta p’ra sua casinha
Quando à linda luz do luar
Repara na silhueta
Duma dama d’encantar
Que se chama Julieta
Ru: Olá! Estarei eu a sonhar?
Vejam só que formosura
Qu’ está ali à janela
Reparem que de tão bela
Ilumina a rua escura
Tem uma linda figura
E só de estar aqui a vê-la
Sinto uma grande ternura
A invadir-me o coração
Mas tenho de aproveitar
Esta bela ocasião
De a fazer aqui gramar
A minha última canção
Que canto p’ra ela escutar
Parece que n vem ninguém
Pssst! Ó Bela! Como te chamas?
Julieta: Estás a falar comigo?
Ru: Tu vês aqui mais alguém?
Julieta: E quem és tu ó Meu?
Ru: Eu não sou meu. Eu sou o Ru
Julieta: Pois ficas a ser o Ru-Meu!
Ru: Mas como te chamas tu?
Julieta: O que é que tu tens com isso?
Enfim, eu sou Julieta!
Ru: Oh! Julieta amada!
Oh doce voz, minha anja
Oh quadradinho de açúcar
Oh meu sumo de laranja
Estarás tu prisioneira
Nesse casarão horrível
Tou aqui p’ra te salvar
Para o Ru tudo é possível
Meu potesinho de mel
Pedaço de marmelada
Tenho uma escada de corda
Para escalar a fachada
Dessa horrível mansarda
E para te libertar
Eu já subo aí não tarda
Mas antes vou-te cantar
Dizendo aquilo que sinto
A já mui célebre canção
Da linda Rosaenxotópinto
Primeira vez que te vi
Dó ré mi fá sol lá si
Si lá sol fá mi ré dó
Meu coração fez-se em pó
Meu coração tava fechado
Sem ser mala nem baú
Tava fechado para todas
Ficou aberto para tu
Julieta: Pára! Não cantes mais
Que já me sinto aflita
Ai! Penso até que vou morrer
D’ataque “d’apendicite”
Ru: Toda a mocinha solteira
Que não tenha namorico
É como um quarto de cama
Onde lhe falta o penico
Julieta: Acaba-me essa balada
Que já estou agoniada
Ru: Julieta está aflita
Está tendo um grande desgosto
Dá-lhe um chlique um desmaio
Maio Junho Julho Agosto
Fui a Belas p’ra ver belas
Em Belas belas não vi
Porque a mais bela das belas
Não eram elas, eras ti...
Como vocês devem saber, esta historia foi eternizada por Louis Lapin. No final da sua grande estreia no teatro ouviram-se aplausos frenéticos da multidão entusiasmada. A critica foi unânime em considerar esta peça como a melhor do ano, ganhando o seu autor o ÓSCAR da revelação do ano 1988 e ganhando ainda os ÓSCARES dos melhores actores pelas suas excelentes interpretações.
[Eheh! Queria agradecer ao meu pai (o autor) por me ter oferecido esta peça como presente do meu sexto aniversário! Eheh! Entretanto já passaram 17 anos, mas até hoje gosto de a reler! =) A história é bestial! =) Ah! O Jantar Ru-Mântico de ontem também foi fantástico! LOL Viva os 3Nós!]
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